Dentista preso no Paraná organizava material de abuso infantil por faixa etária, afirma polícia

Suspeito foi detido em Jardim Alegre após apreensão de aparelhos eletrônicos com material ilegal; investigação também aponta extorsão e apologia ao nazismo.

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    Maringa Post 16 3
    Foto: Reprodução/Redes Sociais

    A Polícia Civil do Paraná prendeu Arilton Pires da Silva Junior, dentista de 30 anos, suspeito de armazenar imagens e vídeos de pornografia infantil organizados em pastas separadas por faixa etária das vítimas. A detenção ocorreu em Jardim Alegre, no norte do estado, após a apreensão de aparelhos eletrônicos ligados ao suspeito. As informações foram divulgadas pelo portal g1 Paraná.

    De acordo com o delegado Matheus Macedo de Santana, o material foi encontrado após denúncia e quebra de sigilo dos dispositivos. O suspeito utilizava recursos para dificultar sua identificação, como números de telefone registrados em nome de terceiros e programas específicos. Além disso, mantinha participação ativa em grupos que fazem apologia ao nazismo e disseminam conteúdo relacionado à pedofilia.

    O delegado Erlon Ribeiro detalhou que aproximadamente dois terabytes de arquivos foram encontrados, incluindo fotos e vídeos de cadáveres, execuções e propaganda nazista.

    No início de 2025, a polícia recebeu uma denúncia de uma mulher que relatou ter sido vítima de extorsão por parte do dentista. Ele exigia o envio de fotos íntimas sob ameaça de divulgar imagens já em seu poder. A vítima registrou ocorrência em Manoel Ribas, município próximo a Jardim Alegre.

    A investigação também revelou que o suspeito usava uma ferramenta para capturar fotos com “visualização única” de mulheres e praticar chantagem.

    Há cerca de dois meses, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços do suspeito, resultando na apreensão de celulares, notebooks e HDs externos. A investigação criminal, autorizada pela Justiça e Ministério Público, apura crimes de armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, além de apologia ao nazismo.

    Até o momento, não há evidências de contato físico entre o suspeito e as vítimas. A polícia segue investigando a extensão dos crimes, a participação do suspeito em grupos online e busca identificar possíveis novas vítimas e colaboradores.

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