Donos de clínica mandaram matar ex-paciente para acobertar desvio de dinheiro, diz polícia

Vítima teve R$ 143 mil desviados após internação em clínica de reabilitação no Paraná. Suspeitos usaram cartão bancário da vítima no dia em que corpo foi encontrado.

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    Um paciente de 25 anos confessou ter assassinado o empresário Ricardo de Oliveira Osinski a mando dos donos da clínica de reabilitação onde ambos estavam internados, em Ponta Grossa (PR), de acordo com a Polícia Civil. A informação foi divulgada pelo G1 Paraná.

    Segundo o delegado Luis Gustavo Timossi, o casal que administra a clínica é suspeito de desviar R$ 143 mil da conta bancária da vítima. Para encobrir os crimes, eles teriam ordenado a morte do empresário.

    Ricardo havia sido internado no local em outubro de 2024. No dia 11 de março de 2025, ele foi hospitalizado após um acidente em uma pousada. O proprietário da clínica, listado como contato de emergência, foi chamado e teve acesso ao celular e pertences do empresário.

    A partir disso, começaram as transações bancárias em benefício da clínica e dos suspeitos. Durante apenas um dia de internação hospitalar, foram desviados R$ 86,5 mil da conta do empresário.

    Após receber alta, Ricardo foi levado pelo casal para a residência deles. Nenhum familiar teve contato com ele nesse período. Conforme a polícia, a vítima ficou em cárcere privado por vários dias e foi dopada em alguns momentos.

    O delegado afirma que o crime foi premeditado e teve motivação financeira. A investigação aponta que os suspeitos se aproveitaram da vulnerabilidade da vítima, que era dependente químico, para acessar suas contas.

    Ricardo foi encontrado morto em 26 de março. No mesmo dia, o casal foi filmado usando o cartão bancário dele em compras em lojas de materiais de construção e bicicletas. Os gastos ultrapassaram R$ 14 mil.

    Durante buscas, as bicicletas foram localizadas na residência dos suspeitos. Além das compras, a polícia identificou transferências bancárias da conta da vítima para contas pessoais e da própria clínica.

    O casal foi preso temporariamente em 10 de abril. Eles são investigados por homicídio qualificado, furto mediante fraude e cárcere privado. As defesas afirmaram que ainda não tiveram acesso aos autos.

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