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Um estudante de uma escola estadual de Jardim Alegre (a cerca de 130 km de Maringá) usou o CPF de um professor para criar uma conta em um site de apostas esportivas.
O caso veio à tona após o docente perceber movimentações suspeitas em sua conta bancária e receber mensagens do aluno solicitando a transferência de um valor.
De acordo com a Polícia Civil, o professor relatou que o adolescente teve acesso ao seu CPF durante um evento promovido pela escola. Na ocasião, durante a organização de um bingo, o aluno pediu o número do Pix — que, no caso do professor, corresponde ao CPF — e o usou posteriormente para se cadastrar na plataforma de apostas.
No dia 15 de abril, o professor recebeu mensagens do estudante informando que um depósito de R$ 50 seria feito em sua conta e pedindo a transferência do valor via Pix. Ao questionar o motivo da movimentação, o adolescente confessou que havia utilizado o CPF do educador para criar uma nova conta no site, com a intenção de receber o bônus de boas-vindas oferecido a novos usuários.
A direção da escola foi informada e chamou o aluno para prestar esclarecimentos. Diante do professor, o jovem admitiu a fraude e pediu desculpas. A mãe do estudante também foi convocada e se reuniu com o docente no colégio no dia 23 de abril, ocasião em que também se desculpou pelo ocorrido. O professor devolveu os R$ 50 recebidos em sua conta.
A Polícia Civil instaurou um boletim circunstanciado de ocorrência para apurar o caso. O adolescente poderá responder por ato infracional equivalente aos crimes de falsidade ideológica e estelionato, caso fique comprovado que houve prejuízo ao professor ou à plataforma de apostas.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) afirmou que o episódio ocorreu fora do ambiente escolar e que, mesmo assim, a direção registrou o fato em ata e comunicou o Núcleo Regional de Educação de Ivaiporã. A Seed também informou que os envolvidos foram orientados quanto às medidas a serem tomadas e que acompanha a apuração feita pelos órgãos competentes.
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