Operação Forlands: PF e Receita Federal miram lavagem de dinheiro do tráfico e bloqueiam R$ 5 milhões em SC e PR

Ação conjunta cumpre mandados em Itapema e Curitiba e investiga esquema que utilizava negociação de veículos, incluindo de luxo, e “laranjas” para movimentar valores ilícitos.

  • A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RF) deflagraram na manhã desta quarta-feira (24) a Operação Forlands, com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro supostamente oriundo do tráfico de drogas. A ação conjunta cumpre sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Itapema (SC) e Curitiba (PR) e promoveu o bloqueio de contas e bens dos investigados, estimados em até R$ 5 milhões.

    Os mandados foram expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba/PR. A investigação aponta que uma das principais formas de atuação do grupo consistia na negociação de diversos veículos, incluindo carros de luxo, com indivíduos ligados ao tráfico de drogas.

    Essas transações eram realizadas de maneira suspeita e frequentemente utilizavam nomes de interpostas pessoas e empresas, os chamados “laranjas”, para ocultar a origem ilícita dos recursos.

    A apuração que culminou na Operação Forlands teve início a partir de documentos e informações obtidas na Operação Follow the Money, deflagrada em 6 de março de 2024, que também investigava crimes de lavagem de dinheiro relacionados ao tráfico de entorpecentes.

    Segundo as autoridades, os elementos colhidos até o momento indicam que o grupo investigado facilitava a movimentação de valores suspeitos de indivíduos envolvidos com o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, contribuindo assim para a continuidade das atividades criminosas dessas organizações.

    O material apreendido durante a operação de hoje será analisado pela Polícia Federal e pela Receita Federal. Posteriormente, será apresentado ao Ministério Público Federal e à Justiça Federal.

    Os investigados podem responder por crimes de lavagem de dinheiro e, caso condenados, estão sujeitos a penas que podem chegar a até 10 anos de prisão.

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