Quadrilha de roubo de cargas é desarticulada com Ferrari, dinheiro e joias avaliados em R$ 70 milhões

A operação aconteceu simultaneamente em Maringá e cidades de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia. No total, 17 pessoas foram presas.

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    A Polícia Federal realizou uma grande operação que incluiu Maringá e cidades em São Paulo, Rondônia, e Rio Grande do Sul, para desarticular uma quadrilha especializada em roubos de cargas.

    Durante a ação, foram apreendidos bens valiosos, incluindo carros de luxo, como uma Ferrari avaliada em cerca de R$ 3 milhões, além de grandes quantias em dinheiro e joias. O total dos bens sequestrados chega a R$ 70 milhões.

    A Ferrari foi encontrada em Jandira (SP), na residência de Fabrício Pimentel Azevedo Silva, um dos líderes do grupo, onde também foram apreendidos R$ 534,8 mil em espécie. A operação, que visava desmantelar a organização criminosa envolvida em roubos de cargas, desmanche de veículos e lavagem de dinheiro, resultou na prisão de 17 pessoas, com 16 mandados de prisão cumpridos e uma mulher ainda foragida.

    A investigação, que teve início em 2023 após um roubo em Cajamar (SP), identificou o esquema criminoso responsável por pelo menos 49 roubos violentos de cargas entre 2021 e 2024. A quadrilha usava empresas de manutenção e peças para receptar caminhões roubados e vendê-los depois de adulterar números de chassi e peças.

    O nome da operação, “Hammare” (martelo, em sueco), faz referência ao principal instrumento usado pelo grupo para acessar os veículos, além da preferência por modelos de caminhões suecos. As investigações revelaram que a quadrilha quebrava os vidros dos caminhões enquanto os motoristas descansavam para efetuar os roubos.

    Carros de luxo, incluindo uma Ferrari e uma Lamborghini, além de lanchas, moto aquática, imóveis de alto padrão e presença em camarotes VIP de eventos, revelam o “padrão de estilo de vida elevado” da quadrilha especializada em roubos de cargas, conforme descrito pela Polícia Federal.

    As ações ocorreram simultaneamente nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia. Ao todo, 110 policiais federais e 100 policiais militares participaram da operação. Além das prisões, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, envolvendo pessoas físicas e jurídicas.

    A quadrilha tinha bases em São Paulo, especialmente nas regiões de Campinas e Sorocaba, e o desmanche acontecia em Osasco, com peças sendo enviadas para outros estados.

    Locais dos mandados:

    • Embu das Artes (SP): prisão e busca (homem)
    • Itapecerica da Serra (SP): prisão e busca (homem)
    • Osasco (SP): prisão e busca (homem)
    • São Paulo (SP): prisão e busca (homem)
    • Jandira (SP): prisão e busca (homem)
    • Jandira (SP): prisão e busca (mulher)
    • Osasco (SP): busca e apreensão (pessoa jurídica)
    • Osasco (SP): busca e apreensão (pessoa jurídica)
    • Osasco (SP): busca e apreensão (pessoa jurídica)
    • Osasco (SP): prisão e busca (homem)
    • Araras (SP): prisão e busca (mulher)
    • Guarulhos (SP): prisão e busca (mulher)
    • Osasco (SP): busca e apreensão (homem)
    • Maringá (PR): prisão e busca (homem)
    • Maringá (PR): prisão e busca (homem)
    • Maringá (PR): prisão e busca (homem)
    • Maringá (PR): busca e apreensão (pessoa jurídica)
    • Maringá (PR): busca e apreensão (pessoa jurídica)
    • Vilhena (RO): prisão e busca (homem)
    • Vilhena (RO): busca e apreensão (pessoa jurídica)
    • Vilhena (RO): busca e apreensão (pessoa jurídica)
    • Erechim (RS): prisão e busca (homem)
    • Erechim (RS): busca e apreensão (pessoa jurídica)
    • Erechim (RS): busca e apreensão (pessoa jurídica)

    Quatro investigados já haviam sido presos em outras duas operações.

    A Polícia Federal alertou que, apesar das medidas de segurança contra os roubos, como a utilização de tecnologias para bloquear sinais, os criminosos buscavam caminhões que não possuíam essas proteções. A operação foi mais um passo no combate a crimes desse tipo, que continuam a impactar as rotas comerciais do Brasil.

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