Ex-vereador de Marialva é suspeito de estupro contra inquilina; Polícia ainda não conseguiu localizá-lo

Crime teria ocorrido na madrugada do dia 16 de fevereiro, em Marialva. De acordo com a Polícia Civil, um mandado de prisão já foi expedido, mas o suspeito não foi localizado em nenhum de seus endereços. Defesa nega que o acusado tenha sido intimado.

  • Tempo estimado de leitura: 3 minutos

    A Polícia Civil de Marialva investiga uma acusação de estupro contra um empresário e ex-vereador da cidade. Nelson Griitdner Neto é acusado do crime em um boletim de ocorrência, registrado por uma inquilina do ex-parlamentar.

    De acordo com a Polícia Civil, o crime teria ocorrido na madrugada de domingo, dia 16 de fevereiro. Conforme relatado pela vítima, em depoimento, o homem teria invadido e o imóvel em que ela mora e abusado dela enquanto ela dormia. O acusado é dono da residência onde a mulher mora com dois filhos.

    A vítima teria acordado durante os abusos, mas relatou que o suspeito só saiu de cima dela após concluir o ato. O boletim de ocorrência foi registrado na tarde do mesmo dia (16). Ao Maringá Post, o delegado da Polícia Civil de Marialva, Aldair da Silva, explicou que um mandado de prisão chegou a ser expedido pela Justiça, mas que Nelson ainda não foi localizado pelas autoridades.

    “Nós, então, entramos com o pedido de prisão e ele foi analisado pelo Poder Judiciário. […] Nós fizemos uma diligência para encontrá-lo no dia 19, para intimá-lo. A intimação é um ato pessoal, tem que ser feito na pessoa do investigado e ele não foi encontrado”, afirmou.

    Ainda segundo a Polícia Civil, a vítima relatou ter ouvido ‘cantadas’ do acusado em situações anteriores, normalmente quando ela ia até o homem para efetivar o pagamento do aluguel. Após isso, a mulher começou a efetuar os pagamentos via PIX, para evitar de ver o suspeito.

    O Maringá Post procurou a defesa de Nelson Griitdner Neto que, por meio de nota, negou que o cliente tenha sido intimado e afirmou ainda não ter tido acesso ao inquérito. A nota é assinada pelo advogado Rodolfo Menengoti Ribeiro. Leia na íntegra:

    “Ele constituiu advogado que se habilitou nos autos de Inquérito Policial. Sua defesa, que o representa neste caso, nunca foi intimada para a realização ou participação em qualquer ato processual ou investigativo. Falar que ele não foi localizado para ser intimado quando sempre esteve representado por advogado constituído nos autos é, no mínimo, um desrespeito aos mais elementares princípios do direito, em especial a ampla defesa, o contraditório, a lealdade processual, legalidade, dentre outros. Tudo isto somado ao vazamento de informações sigilosas, coloca em dúvida a investigação, a verdadeira intenção da prisão cautelar e a fundamentação de toda a acusação. A defesa ainda não teve acesso à decisão que decretou a prisão do seu cliente e só se manifestará após a formalização deste ato e de ter acesso a todas as provas produzidas no inquérito”.

    Comentários estão fechados.