Quatro guardas municipais de Maringá foram denunciados por suspeita de tortura e lesão corporal contra crianças e adolescentes que vivem no abrigo municipal. A apuração é da CBN Maringá.
O Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente) já iniciou as investigações do caso. Uma mulher, ex-servidora do abrigo, também é suspeita de cometer os mesmos crimes. Após a denúncia, ela pediu exoneração do cargo, mas ainda será investigada.
No abrigo municipal vivem adolescentes, que foram retirados da família por decisão judicial, além de duas crianças que estão no abrigo de forma excepcional, para que possam permanecer junto aos irmãos mais velhos.
A denúncia veio à tona quando um adolescente relatou os abusos na escola e, em seguida, todas as vítimas passaram pela escuta especializada. Elas relatam que o crime teria acontecido na noite de 18 de março.
Na ocasião, os adolescentes pediram permissão para dormir na sala do abrigo – já que estava quente demais nos quartos. Entretanto, a servidora negou o pedido, o que deu início a uma discussão entre ela e os abrigados. Por esse motivo, a mulher teria acionado a Guarda Municipal.
“Eles noticiaram que a Guarda teria ido até o abrigo após a solicitação de uma educadora e ao chegar no local, eles já passaram a se utilizar de spray de pimenta e praticaram agressões físicas também contra uma menina. Teria um guarda desferido um tapa no rosto dela e quando ela caiu, ele a levantou pelo pescoço e agrediu outro adolescente com tapas na nuca […]”, descreve a delegada Karen Nascimento, do Nucria.
Os guardas municipais e a ex-servidora ainda não foram ouvidos e serão interrogados no final do procedimento. Nesta quarta-feira (3), a delegada do Nucria vai ouvir o depoimento do diretor do abrigo municipal, que não estava presente no dia das supostas agressões.
Em nota a prefeitura de Maringá se manifestou sobre o caso, dizendo que “[…] repudia qualquer tipo de violência. Assim que recebeu a denúncia, a Secretaria de Segurança encaminhou à Corregedoria da Guarda, adotou as medidas administrativas necessárias para que haja a devida apuração e atendeu às solicitações do Ministério Público. Os agentes foram afastados das atividades externas e realizam apenas serviços administrativos até que o caso seja devidamente apurado. A servidora do abrigo envolvida pediu exoneração, mas ainda será investigada. A Secretaria de Assistência Social, por meio da equipe técnica, segue com acolhimento e suporte psicológico aos adolescentes do abrigo.”
Com informações da CBN Maringá.
Foto: Reprodução RPCTV
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