Mãe de adolescente agredida em escola relata cena de violência e impotência

Após quase dois minutos de violência, funcionárias da escola conseguiram separar as alunas.

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    A mãe de uma adolescente de 15 anos, que foi deixada seminua após ser agredida com socos nas costas e puxões de cabelo, descreveu a cena de violência que presenciou ao buscar sua filha na Escola Estadual “Maria Matilde Castein Castilho”, em Glicério, interior de São Paulo. O caso ocorreu na terça-feira, 26 de março.

    Em entrevista à TV TEM, a mãe, que não será identificada para preservar a segurança da vítima, estava do lado de fora da escola quando viu sua filha sendo arrastada pelos cabelos, recebendo socos e tendo a blusa arrancada por uma das estudantes. Ela se sentiu impotente e incapaz de salvar sua filha. Após quase dois minutos de violência, funcionárias da escola conseguiram separar as alunas. Outro estudante também foi atingido por uma carteira e machucou o pé. A motivação da briga parece ter sido um desentendimento relacionado ao irmão da vítima.

    A mãe revelou que sua filha passa por tratamento neurológico, suspeitando-se que ela tenha autismo. Na semana anterior, a menina já havia sido agredida, e episódios de violência entre os alunos são frequentes na escola. A mãe expressou seu desespero e medo, pois não sabe a quem recorrer para proteger sua filha.

    Após o incidente, a vítima recebeu atendimento médico em uma unidade de saúde, e a Polícia Militar foi acionada. Um boletim de ocorrência por lesão corporal foi registrado, e a Polícia Civil está investigando o caso. A Secretaria Estadual de Educação repudiou a violência e determinou que as estudantes acompanhem as aulas remotamente nesta semana.

    A Diretoria de Ensino de Birigui (SP) designou um supervisor para apurar a conduta dos servidores envolvidos. O Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) também está acompanhando o caso e implementará estratégias de conscientização sobre conflitos e cultura de paz na unidade escolar. A Ronda Escolar e o Conselho Tutelar foram acionados para auxiliar no processo.

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