Criança de 2 anos com crack na mochila: Mãe tem ‘paradeiro incerto’

O caso veio à tona na última sexta-feira (1), em um Cmei de Maringá. Uma professora encontrou porções de crack dentro da mochila da criança.

  • O Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente) segue com intensas investigações para apurar o caso da criança de dois anos e quatro meses que tinha pedras de crack dentro de sua mochila escolar.

    O caso veio à tona na última sexta-feira (1), em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) no Conjunto Odwaldo Bueno, em Maringá. A droga foi encontrada por uma professora, que imediatamente acionou a Guarda Civil Municipal. No bolso da mochila da criança havia nove porções de crack, que totalizavam 22 gramas.

    Nesta quarta-feira (6), a Polícia Civil ouviu familiares e a professora responsável por encontrar a substância entorpecente. Segundo a delegada do Nucria, Karen Friedrich Nascimento, indícios apontam que a mãe da criança seria usuária de drogas, e um familiar já havia acionado o Conselho Tutelar relatando esse fato. Entretanto, ela não foi encontrada para dar depoimento e seu paradeiro é “incerto”.

    “Em relação aos familiares é possível constatar que a genitora da criança de fato seria usuária de drogas, que um familiar já teria acionado o Conselho Tutelar relatando esse fato. Não noticiaram nenhuma situação de violência ou maus-tratos praticados pela genitora, pelo que então não acharam necessário solicitação de medidas protetivas de urgência em favor da criança, e relataram também que desde sexta-feira a genitora da criança está com paradeiro incerto, que não tiveram mais contato e a criança está aos cuidados da tia”, explica a delegada.

    Os próximos passos da investigação envolvem a verificação das ações do Conselho Tutelar, além da intimação da mãe para prestar esclarecimentos.

    “Agora nós vamos entrar em contato com o Conselho Tutelar para verificar se de fato já tinham sido acionados, se já prestaram atendimento, se a mãe compareceu ao Conselho Tutelar e vamos intimá-la para que ela seja ouvida nos próximos dias”, relata a delegada.

    Segundo o depoimento de um familiar, foi a própria mãe da criança quem preparou a mochila e a levou para o Cmei no dia em que as porções de crack foram encontradas.

    O que disse a Prefeitura

    A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Educação, tomou conhecido sobre o ocorrido e informa que acionou a Guarda Civil Municipal, a Polícia e o Conselho Tutelar para as devidas providências. Leia a nota na íntegra:

    “A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Educação, informa que, assim que a equipe do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) encontrou a substância na mochila do aluno, realizou todos os encaminhamentos, por meio do setor de Proteção à Criança da Secretaria de Educação. A Guarda Civil Municipal e a Polícia foram acionadas para registro do boletim de ocorrência e apreensão da substância. O Conselho Tutelar também foi acionado para apuração do caso e encaminhamento aos órgãos de proteção à criança”.

    Foto: Nucria

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