Ação de combate à dengue aciona polícia após idosa se recusar a descartar água parada, no Paraná

A idosa e outras três pessoas foram ouvidas. Conforme a polícia, elas podem responder por infração de medida sanitária.

  • Uma mulher de 74 anos gerou tumulto durante uma ação de combate à dengue em Cornélio Procópio (cerca de 160 km de Maringá), ao se recusar a descartar água parada acumulada no quintal de sua residência. O caso ocorreu na sexta-feira (24), quando agentes de combate a endemias, da prefeitura local, foram alertados sobre vários focos de água parada na propriedade.

    Ao chegarem ao local, os agentes encontraram recipientes cheios de água contendo larvas do Aedes aegypti, iniciando imediatamente os procedimentos de limpeza. No entanto, a situação se complicou quando a idosa, identificada como proprietária da casa, começou a impedir o trabalho das equipes, afirmando que continuaria a acumular água da chuva mesmo após a limpeza.

    Diante da resistência da moradora, as equipes acionaram a polícia. A idosa e outras três pessoas foram ouvidas, e um Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado. Conforme a polícia, elas podem responder por infração de medida sanitária, sujeita a pena de um mês a um ano de prisão, além de multa.

    A quantidade de materiais acumulando água na residência exigiu a divisão do trabalho das equipes. Este incidente ocorre em um momento crítico, com o último boletim da dengue divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrando mais uma morte e 8.414 novos casos de dengue no Paraná em apenas uma semana.

    Os números são alarmantes, com 22 municípios paranaenses reportando casos confirmados da doença. Desde o início do período epidemiológico, em julho de 2023, foram confirmados 45.930 casos e 16 mortes. A maioria dos casos confirmados é autóctone, ou seja, contraídos na cidade de residência, com outros 31.421 casos em investigação.

    Em Cornélio Procópio, onde ocorreu o incidente, foram confirmados 65 casos de dengue sorotipo 3 (DENV3) somente neste ano, destacando a urgência de medidas preventivas e a cooperação da população no combate ao mosquito transmissor.

    Foto: Daniani Souza / Vigilância Sanitária

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