Um esquema de fraude na venda de passagens de ônibus em Curitiba causou um prejuízo estimado em R$ 1 milhão à Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo sistema de transporte público na cidade. O grupo investigado conseguiu vender cerca de 200 mil passagens sem efetuar os devidos pagamentos ao sistema.
A Urbs divulgou a informação nesta segunda-feira (5), revelando que o esquema consistia em liberar as catracas sem o pagamento registrado no sistema, cobrando dos passageiros um valor inferior ao estabelecido. O delegado Tiago Dantas, responsável pela investigação, identificou o mentor do grupo, resultando na prisão de oito pessoas envolvidas no esquema fraudulento.
O delegado explicou que o grupo agia estrategicamente, cobrando valores diferenciados dependendo do movimento nos terminais. “Dependia da circunstância: se o movimento fosse bom, eles colocariam cerca de R$ 5, mas no momento fraco eles vendiam por R$ 3”, detalhou Tiago Dantas.
A Guarda Municipal foi acionada após o sistema de bilhetagem da Urbs identificar a irregularidade nos pagamentos. As investigações começaram quando a Urbs compartilhou relatórios de inteligência indicando o uso de celulares para fraudes nos terminais. O grupo atuava principalmente nos Terminais da CIC e do Portão, além de algumas estações-tubo.
O presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, explicou que a movimentação anormal foi identificada a partir de julho do ano passado, desencadeando uma ação imediata. “Nosso sistema acusou e a gente pôde identificar a fraude”, afirmou.
O mentor do grupo já foi identificado, e as autoridades estão empenhadas em desarticular a associação criminosa. Os suspeitos enfrentarão acusações de estelionato, associação criminosa e, devido ao valor significativo envolvido, também podem responder por lavagem de dinheiro.
O presidente da Urbs destacou a segurança do sistema de bilhetagem, afirmando que a fraude ocorreu devido ao uso de artifícios tecnológicos pelos golpistas.
As investigações continuam para apurar o total de passagens fraudadas e a extensão do prejuízo causado pela quadrilha.
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
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