Em um caso de radicalização ideológica e religiosa, uma mãe de 39 anos, Verónica Antonieta, foi presa em Zabalgana, Espanha, acusada de doutrinar seus quatro filhos menores em ideologia extremista.
A Guarda Civil interceptou Antonieta em 26 de setembro, após uma investigação que revelou suas tentativas de recrutar adeptos para o Estado Islâmico pela internet.
Antonieta, convertida ao islamismo, incutiu em seus filhos, todos com menos de 12 anos, a mentalidade de “combatentes” dispostos a “matar, morrer e se autoimolar” em nome do Estado Islâmico. Este caso, detalhado em uma resolução da Sala Penal e reportado pelo El País, sublinha a gravidade da situação.
A operação, batizada de “Operação Larín Colodro”, faz parte de um esforço mais amplo para entender e combater o crescente papel das mulheres na radicalização dentro do jihadismo.
Relatórios recentes, como o do Observatório Internacional de Estudos sobre Terrorismo (OIET) e um estudo de 2019 do Real Instituto Elcano, destacam esse fenômeno preocupante.
Além da propaganda online, Antonieta é acusada de privar seus filhos da capacidade de análise crítica, preparando-os para uma potencial migração para zonas de conflito.
As autoridades enfatizam que suas ações não apenas violam os deveres parentais, mas também colocam em risco a vida de seus filhos.
Diante das evidências apresentadas pelo promotor Joaquín González-Herrero, o juiz determinou a prisão preventiva de Antonieta, considerando os riscos de fuga e continuação de suas atividades extremistas. A defesa argumentou por medidas menos restritivas, citando seu vínculo com a Espanha, mas a Sala Penal rejeitou essas alegações, destacando a intenção de Antonieta de fugir com seus filhos.
Foto: Getty Images
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