Polícia prende quadrilha de motoristas de aplicativo que sequestrava e abusava sexualmente de mulheres

Os bandidos irão responder pelos crimes de extorsão qualificada, roubo majorado, tentativa de homicídio contra os policiais e organização criminosa.

  • Imagem: Ilustrativa

    Uma quadrilha de motoristas de aplicativo de São Paulo, que sequestrava, roubava e abusava sexualmente de mulheres, foi presa pela Polícia Civil nesta segunda-feira (14).

    Três homens foram presos em flagrante e um quarto integrante da quadrilha está foragido.

    As vítimas, mulheres que solicitavam viagens sozinhas, eram levadas para cativeiros, onde eram ameaçadas e obrigadas a transferir dinheiro para contas dos criminosos por meio de Pix.

    Algumas das mulheres também relataram terem sido abusadas sexualmente. A quadrilha já era investigada por crimes semelhantes contra outras seis passageiras este ano.

    Giovanna Pacheco, uma das vítimas, relata que foi abusada pelos bandidos e foi mantida refém por oito horas, sendo obrigada a passar R$ 10 mil para as contas deles para não ser morta.

    Além disso, os criminosos gravaram o abuso sexual contra ela e enviaram as imagens para os próprios celulares.

    Os bandidos irão responder pelos crimes de extorsão qualificada, roubo majorado, tentativa de homicídio contra os policiais e organização criminosa.

    O delegado responsável pelo caso também os responsabilizará pelos crimes sexuais cometidos contra algumas das vítimas. Somadas as penas, eles deverão passar mais de 40 anos na cadeia.

    Como a quadrilha agia

    A quadrilha usava aplicativos de carros para cometer crimes contra mulheres desacompanhadas.

    A polícia revelou que os criminosos se cadastravam como motoristas em aplicativos de celular e, quando uma mulher sozinha solicitava uma corrida, o motorista apanhava a passageira.

    Durante o trajeto, o motorista fingia uma pane no carro e parava o veículo, enquanto um segundo veículo que seguia o automóvel também parava, e os bandidos desciam armados.

    O grupo anunciava o assalto e entrava no carro por aplicativo com a passageira e o motorista, que fingia ser vítima também, mas, na verdade, era membro da quadrilha.

    A mulher era ameaçada de morte se não fizesse uma transferência bancária através do Pix para contas dos criminosos.

    As vítimas eram levadas para um cativeiro em Itaquaquecetuba – algumas delas relataram terem sido abusadas sexualmente. A investigação policial continua em andamento para identificar todos os envolvidos no caso.

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