A Justiça Militar de São Paulo absolveu o soldado João Paulo Servato após de ele ser filmado pisando no pescoço de uma mulher durante uma ocorrência.
O crime foi registrado em maio de 2020, mas ganhou repercusão a partir de junho do mesmo ano. O PM era acusado de cometer quatro crimes: lesão corporal, abuso de autoridade, falsidade ideológica e inobservância de regulamento.
A decisão foi tomada por um conselho de sentença formado por um juiz civil (togado) e quatro oficiais da PM. O juiz civil e um dos PMs votou pela condenação do acusado, enquanto os outros três votaram a favor da absolvição.
O cabo Ricardo de Morais Lopes, parceiro do soldado Servato na ocorrência, também foi absolvido.
A Justiça Militar marcou para a tarde do próximo dia 30 nova audiência para a leitura e publicação da sentença, baseada nos votos dados nesta terça-feira (23). No entando, a decisão de absolvição não deve ser alterada.
Entenda o caso
No início da tarde do dia 30 de maio, uma equipe da polícia foi acionada para conter o barulho na frente de um estabelecimento, aonde havia um carro de som. Os policiais fizeram a abordagem diretamente com o dono do veículo.
Uma mulher de 51 anos, dona do estabelecimento, afirma que os policiais agiram de forma violenta durante a abordagem e que o rapaz estava sendo espancado. Diante da situação, ela saiu para defendê-lo.
Ao tentar intervir na briga, a mulher foi jogada no chão, o que resultou em uma fratura na perna dela. O soldado Servato, então, pisou no pescoço dela. Em seguida, ela foi arrastada de uma calçada à outra.
Os atos cometidos pelo policial militar para “imobilizar” a mulher não fazem parte do procedimento operacional da corporação.
O advogado de defesa da mulher afirma, ainda, que o caso se trata de uma tentativa de assassinato por parte dos policiais, uma vez que o policial pisou no pescoço da vítima e colocou todo o peso do corpo, correndo grande risco de matá-la.
De acordo com a versão da polícia, a mulher teria utilizado uma barra de ferro para agredi-los.
Foto: Reprodução / Fantástico
Comentários estão fechados.