Segundo o Cadastro e-MEC, a base de dados do Ministério da Educação (MEC) sobre os cursos e instituições de educação superior, Maringá tem 17 instituições de ensino superior presencial cadastradas e mais de 40 mil estudantes universitários.
A cidade se tornou um educacional e anualmente atrai jovens de várias partes do Brasil para cursar ensino superior. Alguns jovens, depois de formados, deixam a cidade, que acaba perdendo profissionais qualificados.
Em 2016, levantamento do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), mostrou que a cidade tinha, naquele ano, 12 instituições de ensino superior presencial e 43.351 acadêmicos, o equivalente a 9% de todo o Paraná.
A pedido do Maringá Post, os candidatos a prefeito apresentaram propostas para os estudantes universitários e maneiras de promover a integração deles à vida da cidade. Entre os candidatos, há quem propõe áreas para realização de eventos em locais distantes da região central da cidade, como o Parque Industrial de Maringá.
Outra proposta passa pela revisão do plano diretor. O objetivo é implantar um bairro universitário na cidade com custo reduzido para locação de imóveis e que tenha estrutura para acolher os estudantes, com áreas de coworkings e outros espaços.
Carlos Mariucci (PT) não respondeu os questionamentos da reportagem. As propostas do candidato serão incluídas assim que o Maringá Post receber.
Akemi Nishimori (PL)
Essa faixa populacional, que tem gente daqui e também vinda de outros locais do Brasil, precisa, primeiramente, ser integrada à vida da cidade com ações de arte, cultura, esporte, ciência, lazer.
Depois, para não perder a força desses jovens, Maringá precisa dinamizar sua economia para gerar empregos qualificados e oportunidades para empreender, para que eles não tenham que deixar a cidade.
Vamos encarar com cabeça e coração. Vamos implantar o Vale Digital, que vai atrair as empresas da nova economia à nossa cidade e, ao mesmo tempo, abrigar os projetos criados aqui, pelo talento da nossa gente. Esse setor atrai investimentos, tem resultados rápidos, não requer estruturas caras e gera muitos empregos qualificados, com bons salários e costuma contratar profissionais antes mesmo de estarem formados.
O Vale Digital vai dinamizar nossa economia e vai ser bom para todos os outros setores da cidade.
Maringá será um centro de criação e atração de startups. Vamos desenvolver o setor de tecnologia da informação e comunicação. Inclusive com a proposta de ampliar as oportunidades de participação dos empreendedores locais no fornecimento de soluções inovadoras para a prefeitura e todos os seus órgãos.
Anníbal Bianchini (PTC)
Nós queremos fomentar o turismo universitário, além dos estudantes que moram na cidade, nos períodos de vestibular a cidade recebe muitos estudantes e familiares que passarão um breve período na cidade. Precisamos integrar as agendas e promover atrativos culturais, unidos com a rede hoteleira e de bares e restaurantes de nossa cidade.
Melhoras no transporte público também, com incentivos para aqueles que fazem estágios, além do uso para ir para as aulas. O projeto Bairro em 15 minutos vai ajudar muito os estudantes a terem acesso rápido a itens essenciais, barateando seu custo de vida.
Precisamos revisar nosso plano diretor e ter um bairro característico universitário, com custos reduzidos de locação de imóveis e qualidade de vida pensada para estudantes. Com espaços de estudos, Coworkings, Fablabs, espaços de inovação para poderem potencializar sua experiência de aprendizado, e linhas estratégicas de transporte público, seja por ciclovias ou ônibus, nos horários de aula para rápido deslocamento de forma acessível.
Bovo (Podemos)
Maringá é uma cidade de jovens, pois é um polo universitário e educacional. Nossos jovens precisam de políticas públicas e de espaços para as suas atividades de lazer cultura. Teremos um espaço para eventos adequado às demandas dos jovens. Os jovens terão vez e lugar em Maringá.
No esporte, vamos incentivar os jovens a praticar uma atividade física reestruturando os centros esportivos e criando um programa de ocupação destes espaços.
Na cultura, teremos novos programas priorizando premiar projetos que valorizem a criatividade de nossos jovens. Os jovens terão também novos espaços de lazer e entretenimento. Um dos exemplos desses espaços será o Parque Alfredo Nyffeler, que ganhará uma concha acústica para espetáculos e apresentações artísticas.
Os grandes eventos ao ar livre como shows musicais e encontros temáticos terão um espaço exclusivo na região do Parque Cidade Industrial.
Coronel Audilene (Progressistas)
Sim, temos interesse de construir uma ponte entre a academia e a cidade. Atualmente são mais de 5 mil universitários escrevendo seus TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso) todos os anos e pelo menos metade deles não tem uma proposta de tema para sua dissertação.
A ideia é que a prefeitura apresente uma relação de assuntos de interesse da cidade para sensibilizar alguns deles a estudarem e apresentarem propostas de solução para problemas urbanos em todas as atividades, bem como fazerem levantamentos de dados e análises estatísticas que proporcionem aos gestores maior assertividade na hora de tomar decisões.
Temos demandas para alunos das áreas de saúde, engenharias, arquitetura e urbanismo, e praticamente todas as áreas das ciências humanas. Isso vai valorizar este segmento da sociedade além de abrir oportunidades para que desenvolvam seus próprios negócios ou sejam convidados para trabalhar na implementação de suas próprias ideias.
Dr. Batista (DEM)
Maringá hoje, todos sabem disso, é um centro de referência, na formação universitária. São milhares de estudantes de outras regiões do estado e do país, que veem para cá para obter a sua formação acadêmica. É preciso encontrar a fórmula para integrar essa nova geração aos empregos da nossa indústria, comércio e serviços.
Precisamos estar preparados para uma cidade que cresce a olhos vistos e precisa estar consciente que a oferta de emprego e renda precisa acompanhar esse desenvolvimento. Quando se fez o projeto da cidade, imaginou-se que teríamos no máximo 50, 100 mil habitantes, já se fala em 700 mil nos próximos anos. O desenvolvimento da cidade. Na nossa equipe vamos ter gente experiente em comércio, indústria e serviços que vai cuidar dessa fórmula.
Eliseu Fortes (Patriota)
No campo profissional nossa proposta é conseguir fazer uma grande integração entre o que é ensinado nas faculdades e o dia a dia da administração pública. Vamos firmar convênios com todas as faculdades e incentivar a participação de alunos e professores na resolução dos problemas reais da sociedade maringaense. Nada como poder ver, na prática, aquilo que se aprende na teoria acadêmica.
Evandro Oliveira (PSDB)
A educação é a base de tudo. Muitos jovens saem do ensino médio e das universidades sem inserções no mercado de trabalho, precisamos mudar isso. Vamos realizar investimentos e novos negócios nessas áreas, criar uma Secretaria de Inovação, Tecnologia e Indústria e realizando projetos com diversas empresas e empresários, a fim de fomentar novas oportunidades de emprego para os alunos que saem das escolas e instituições. Além disso, com essa ação, também conseguiríamos diminuir o desemprego em Maringá.
Vamos desenvolver pesquisas nessas áreas, para que Maringá comece a ser referência nos segmentos de saúde, tecnologia, humanas, exatas e agrárias, fazendo com que, ao longo do tempo, nossos jovens e profissionais fiquem qualificados para trabalhar em qualquer local do Brasil. Um exemplo claro disso é a UEM. Há alguns anos atrás, quase todos os alunos do seu curso de engenharia química, eram contratados pela Petrobrás.
Hoje, temos Maringá como uma possível grande metrópole, digamos uma forte candidata a ser um polo empresarial e tecnológico de dia e de entretenimento a noite. Essa deve ser a ideia central para nossa cidade canção.
Nas pontas e nas saídas, incluindo Floriano e Iguatemi, poderíamos instalar grandes empresas, indústrias e verdadeiros complexos para geração de empregos e renda para toda nossa região. Com uma logística acessível, sem pedágios, mão obra de fácil acesso e qualificada em parceria com Senai, faculdades e universidades. Maringá fornece a mão obra qualificada. Vamos fazer Maringá e toda nossa região crescer.
Homero Marchese (Pros)
Estamos muito preocupados com a evasão de mão de obra qualificada que vem ocorrendo em nossa cidade. Em nosso plano de governo, focamos principalmente no fomento de oportunidades de trabalho e empreendedorismo. Hoje é necessário priorizar projetos que tornem a cidade atrativa primeiramente para quem já mora aqui.
Para tanto, temos vários programas em nosso plano de governo que contemplam esse objetivo. O Programa Maringá Pesquisa vai investir em bolsas de pesquisas para alunos e professores das nossas instituições de ensino, visando resolver os problemas da prefeitura com o conhecimento que já é gerado em nossa cidade.
O Programa Juro Zero para informais, MEIs e microempresa vai criar uma política de microcrédito com juros zero para empreendedores que estão iniciando a sua trajetória empresarial ou que não dispõem de ferramentas competitivas de crédito.
O Novo Promube vai permitir a oferta de bolsas de estudos pelas Instituições de Ensino para cursos técnicos e de curta duração. Com o Plano de Atração de Investimentos, vamos realizar divulgação inteligente de Maringá para criar emprego e renda de qualidade. Em conjunto com a sociedade civil organizada, vamos prospectar reuniões com empresas nacionais e internacionais e buscar investimento privado para nosso município.
Com o Projeto de Cooperação Meu Primeiro Emprego Tech, a prefeitura pagará bolsa de estudo para jovens de 16 a 20 anos que estão em condições de vulnerabilidade social. Esses jovens terão acesso a treinamentos teórico-prático em empresas tecnológicas e poderão iniciar sua carreira profissional em setores que pagam os maiores salários na cidade.
Professor Edmilson (PSOL)
A juventude estudantil tem sido deixada de lado não só pela cidade, mas pelo governo brasileiro em todo o país. O aumento do desemprego e a dificuldade em gerar novos postos de trabalho em todo país nos mostra as consequências do capitalismo dependente em que vivemos. Na ordem capitalista o trabalho é negado para uma imensa maioria de jovens brasileiros ou, quando há a oferta de algum trabalho, é sempre em situações precárias e sem muitas perspectivas de crescimento, sejam para os jovens com ensino superior ou não.
Com esses ditames político-econômicos burgueses não existe e não existirá indústria pujante com desenvolvimento de ciência e tecnologia significativas no país, que poderiam ter contribuição por parte dessa juventude trabalhadora e universitária. É um desperdício de talentos em prol da manutenção de uma ordem social que enriquece latifundiários, banqueiros e grandes empresários.
Nossa proposta é, em primeiro lugar, organizar esses jovens para as lutas necessárias, sem alimentar a falsa esperança do empreendedorismo individual ou qualquer das mentiras baratas reproduzidas pelos demais candidatos.
Rogério Calazans (Avante)
Trata-se de uma população extremamente importante para a nossa cidade. É dessa população que saem boa parte dos novos pioneiros de Maringá. Como temos no nosso plano de governo a criação de um instituto que vai coordenar a produção científica de Maringá de acordo com as necessidade estratégicas da cidade, esse instituto também irá interagir com as empresas para que contratem trainees.
Deste modo, asseguraremos que boa parte de nossa população universitária tenha condições de aprimorar o conhecimento por meio da aplicação prática, o que também beneficiará o desenvolvimento estratégico do município.
Ulisses Maia (PSD)
O perfil dessa população é bem diversificado, ou seja, grande parte é de fora da cidade e contribuem muito para estimular a economia, com gastos em alimentação e moradia. Então, se trata de um público que reforça o conjunto da população e merece não a distinção, mas o cuidado coletivo com transporte e saúde.
Fundamental, também, é continuar a construir uma cidade com oportunidades, capaz de absorver a força criativa e produtiva desses estudantes, no nível de graduandos e graduados.
Valdir Pignata (Cidadania)
Nossos jovens merecem um atendimento muito especial, principalmente atendendo aos finais de semana. Não temos muitas opções de lazer, por exemplo. Pretendemos criar um centro de eventos, viabilizar o kartódromo e toda essa infraestrutura para que a gente possa, nos finais de semana, fazer com que eles tenham esse lazer.
Cuidaremos para que eles tenham garantia de lazer de forma bem segura e que a gente possa atendê-los para que não tenhamos problemas com a vizinhança. Então, será uma área específica, afastada da cidade. Acredito que assim, vamos atender a nossa população, principalmente os mais jovens.
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