Carlos Mariucci, 57, é candidato a prefeito de Maringá pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Vereador no segundo mandato, ele é formado em Pedagogia e tem especialização em Fé e Política (PUC-CNBB) e Gestão Estratégica em Políticas Públicas (UNICAMP – Fundação Perseu Abramo).
Ex-comerciante, artista plástico e ourives, desde adolescente Mariucci participa de movimentos sociais e da Igreja Católica. O partido fechou coligação com o PDT e o PCdoB. O professor aposentado da UEM, José Márcio Peluso (PDT), será o candidato a vice-prefeito.
Entre as propostas, ele defende a implantação da tarifa mínima de R$ 2 no transporte coletivo e a descaracterização da Patrulha Maria da Penha para acompanhamento preventivo periódico das mulheres em situação de violência.
Sobre os investimentos nas praças, Mariucci diz que concorda com investimentos em bairros periféricos, mas entende que há outras prioridades como a política de assistência social. “Nosso compromisso é com a força de nossa gente. É de uma Maringá para todos”, finaliza.
Por que o senhor merece ser eleito prefeito de Maringá?
Sou neto e filho de pioneiros que ajudaram a edificar Maringá. Construí minha família aqui. Sempre me coloquei a serviço da população por onde passei. A minha trajetória me faz acreditar que posso representar bem esse povo trabalhador, honesto e de respeito. Maringá tem que ser para todos.
Se eleito, qual a prioridade do seu mandato?
Educação: Criação de um Sistema Municipal de Educação para cumprir as metas do Plano Nacional de Educação (2014-2024). Valorização, ampliação do número de profissionais e a ampliação de vagas em CMEIs e escolas.
Saúde: Fortalecimento da atenção primária à saúde com mais consultas, exames e medicamentos disponíveis à população; Valorização, ampliação do número de profissionais; reforma e ampliação das UBS – Unidade Básica de Saúde.
Trânsito: Implantação da tarifa mínima no transporte coletivo de R$ 2; criação de superciclovias que conectem a cidade por um longo trajeto e garantia de uma cidade mais inclusiva com calçadas, meios-fios e rampas de acessibilidade às pessoas com deficiência.
Segurança: Guarda Comunitária para reduzir, drasticamente, intervenções discriminatórias, preconceituosas e violentas; consolidação do Programa Municipal de Pacificação Restaurativa com integração interinstitucional, intersetorial e transversal das políticas públicas; descaracterização da “Patrulha Maria da Penha” para acompanhamento preventivo periódico e garantia de maior proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar bem como ações de cultura, esporte e lazer na prevenção aos vários tipos de violências para toda a população.
Como avalia a gestão de Ulisses Maia (PSD)?
Ele implementou ações que também consensuamos, mas falhou na execução de pautas como a implementação do Plano Municipal de Resíduos Sólidos e, pelo menos, a equiparação dos direitos de servidores celetistas e estatutários.
Concorda com a compra de vagas em creches particulares?
O município necessita muito dessas vagas. Mas da forma como foi deliberada, deixou muitos pontos conflitantes. Concordo com a melhoria do conteúdo dos contratos com os CMEIs particulares.
Concorda com os investimentos feitos em praças?
Concordo com investimentos que privilegiem os bairros periféricos. No entanto, há prioridades em Maringá e nos distritos como a política de assistência social que precisa de mais equipamentos de CRAS e ampliação de recursos para suprir os benefícios eventuais como aumento no valor do cartão-alimentação, mais vagas nos serviços de convivência às pessoas idosas, às crianças e adolescentes.
Qual a principal obra de mobilidade que propõe para Maringá no período de 2021 a 2024?
A principal obra de mobilidade será a duplicação dos seis viadutos existentes nas avenidas Guaiapó, Tuiuti, Franklin Delano Roosevelt, Kakogawa, São Judas Tadeu e Mandacaru e a construção de um viaduto na avenida Américo Belay. Outro viaduto necessário é na Avenida Colombo, nas proximidades do Trevo do Catuaí.
Pretende continuar a investir no Eixo Monumental?
Com certeza. O Eixo Monumental reestruturará uma extensão de quase 1,8 km, desde a Catedral até a Vila Olímpica. Isso garantirá um espaço mais democrático de convivência e de qualidade de vida para toda a população.
Acha possível ter um VLT na Avenida Brasil?
A implantação do Sistema de Veículos Leves sobre Trilho é uma ótima ideia para o transporte coletivo sustentável a médio prazo e não nos próximos quatro anos.
Qual mensagem deixaria aos eleitores neste início de campanha eleitoral?
Maringá é uma cidade extraordinária. Por isso, é fundamental o “Comitê da Crise” com equipe multidisciplinar para articular estratégias no enfrentamento aos impactos da pandemia e o fortalecimento socioeconômico dos trabalhadores e das famílias maringaenses. Nosso compromisso é com a força de nossa gente. É de uma Maringá para todos.
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