“Maior desafio será a retomada econômica e o redesenho do serviço público”, afirma Coronel Audilene

Para Coronel Audilene, o redesenho do serviço público passa pela incorporação de novas tecnologias

  • Coronel Audilene, 55, é candidata a prefeita de Maringá pelo Progressistas. Ela atuou na estruturação do Comando Regional da Polícia Militar e foi a primeira mulher a ocupar a chefia do Estado Maior da Polícia Militar do Paraná, em 2018. É a primeira vez que disputa um cargo eletivo. O empresário e agropecuarista Marco Meger (PSB) é o candidato a vice-prefeito.

    Se eleita, Coronel Audilene afirma que devido à crise global provocada pelo novo coronavírus a prioridade do mandato “será a retomada econômica e o redesenho do serviço público incorporando novas tecnologias”.

    Para ela, antes de avançar os estudos de um possível VLT na Avenida Brasil, o projeto do Trem Pé Vermelho merece análises mais aprofundadas.

    “Pode ser uma solução muito mais interessante para nós do ponto de vista regional. O projeto do Trem Pé Vermelho poderia ligar Mandaguari, Marialva, Sarandi e Maringá, indo até aeroporto”, diz a candidata.

    Por que a senhora merece ser eleita prefeita de Maringá?

    Eu quero servir à cidade, trabalhar pelo seu desenvolvimento e quero cuidar das pessoas. Tenho apoio político e faço parte de um grupo com muita experiência em administrar Maringá. Se este conjunto merece mais uma oportunidade de cuidar da cidade, não me cabe responder e sim ao eleitor.

    Se eleita, qual a prioridade do seu mandato?

    Neste momento em particular, devido à crise global, o maior desafio será a retomada econômica e o redesenho do serviço público incorporando novas tecnologias para fazermos mais, com maior rapidez, gastando menos e com total transparência.

    Como avalia a gestão de Ulisses Maia (PSD)?

    Reeleição é quase um plebiscito, se as pessoas estão gostando, continua. Se não estão satisfeitas, resolvem trocar. Eu, em particular, trocaria.

    Concorda com a compra de vagas em creches particulares?

    Isto precisa ser analisado à luz da evolução do perfil demográfico da cidade. Neste momento de crise econômica, esta parece ser uma solução apropriada para resolver com rapidez a demanda e gerar empregos e estimular a economia.

    Concorda com os investimentos feitos em praças?

    Há uma tendência global de valorização dos espaços públicos para humanizar as cidades, até porque as crianças e jovens estão ficando muito presos aos celulares e a interação social precisa ser restaurada.

    O tipo de investimento nos espaços públicos precisa ser adequado, mas deve ser feito. Acho que Maringá tem potencial para virar um case de sucesso em Placemaking, um processo de planejamento, criação e gestão de espaços públicos que venho estudando. Isso eu gostaria de fazer.

    Qual a principal obra de mobilidade que propõe para Maringá no período de 2021 a 2024?

    A mobilidade urbana está passando por um processo muito acelerado de transformação no mundo todo, em grande parte por conta de avanços tecnológicos. Acho que devemos dar atenção ao conceito de mobilidade compartilhada e mobilidade ativa, mas primeiro temos que revisar os conceitos dentro do “novo normal”.

    Pretende continuar a investir no Eixo Monumental?

    Este é um projeto importante para a cidade, como foi o rebaixamento da linha férrea. É o desejo da sociedade e, portanto, nenhum gestor deveria paralisar.

    Acha possível ter um VLT na Avenida Brasil?

    Este é um projeto que exige muito estudo e avaliação. Grandes investimentos foram feitos em VLT´s, os veículos leves sobre trilhos, no Brasil, mas poucos bem sucedidos. Temos que avaliar bastante, mas, antes de avançar neste projeto, acho que o primeiro trecho do Trem Pé Vermelho merecia um estudo mais aprofundado, pois pode ser uma solução muito mais interessante para nós do ponto de vista regional. O projeto do Trem Pé Vermelho poderia ligar Mandaguari, Marialva, Sarandi e Maringá, indo até o aeroporto.

    Qual mensagem deixaria aos eleitores neste início de campanha eleitoral?

    Eleição, na verdade, não é um concurso de simpatia, ou uma competição de quem promete mais. Também não é uma escolha por simpatia ou desenvoltura, trata-se de decidir como a cidade vai funcionar nos próximos quatro anos, portanto minha mensagem é que todos levemos isso muito a sério, tomemos tempo para estudar as propostas e verificar com que tipo de apoio cada candidato poderá contar para trazer os melhores resultados a Maringá.

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