“É a hora de dar oportunidade a quem não é político de carreira”, afirma Eliseu Fortes

De membro da atual administração à crítico do prefeito Ulisses Maia (PSD), Eliseu Fortes adota postura mais conservadora

  • Eliseu Fortes, 47, é candidato a prefeito de Maringá pelo Patriota. Formado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), atua como advogado desde 1998. Ele já foi diretor-geral do Gabinete do Prefeito, na atual administração, e Controlador Geral do município. A contadora Eliane de Oliveira Silva, do mesmo partido, foi escolhida como candidata à vice-prefeita.

    Eliseu Fortes adota postura mais conservadora. Ele afirma que pretende fazer gestão pública e defende que os eleitores deem “uma chance a quem quer fazer gestão pública e aposentem, pelo voto, os políticos de carreira”.

    Se eleito, Eliseu Fortes afirma que a prioridade do mandato será o zelo com dinheiro público. De membro da atual administração à crítico do prefeito Ulisses Maia (PSD), Eliseu Fortes afirma que escola não vai ser lugar de doutrinação ideológica”.

    Por que o senhor merece ser eleito prefeito de Maringá?

    Entendo que não adianta o Governo Federal ser conservador e Maringá continuar nas mãos de um prefeito de ideologia “esquerdista”. Além disso, é a hora de dar oportunidade a quem não é político de carreira. Quem faz carreira na política sempre pensa na próxima eleição. Quem faz gestão pública pensa no bem da cidade. Quero fazer gestão pública e por isso estou colocando meu nome à disposição dos maringaenses como uma opção não política.

    Se eleito, qual a prioridade do seu mandato?

    A prioridade sempre será o zelo com o dinheiro público que, em verdade, é o dinheiro do pagador de tributos. Na educação vamos resgatar os valores que há muito tempo foram esquecidos. Escola não vai ser lugar de doutrinação ideológica. Os alunos vão sair da escola sabendo ler e interpretar e sabendo matemática. Além disso, quero implementar a valorização do professor, que voltará a ser autoridade em sala de aula.

    Na saúde, temos condição de fazer com que os Postos de Saúde façam o real acolhimento dos usuários do SUS. Sem que a porta de entrada do SUS (Postos de Saúde) funcionem bem, as UPAS ficam superlotadas. Basta que se gerencie essa situação para que a melhoria seja sentida rapidamente pela população. Vamos aproveitar a capacidade da nossa cidade no que diz respeito aos cursos de Medicina e fazer um convênio com cada instituição para que tenham uma participação mais ativa, inclusive no que diz respeito às consultas especializadas e exames de imagem.

    Hoje há uma troca de fila, ou seja, o paciente sai da fila da consulta especializada e entra na fila de espera do exame de imagem. Isso não pode acontecer. Além disso, os diretores de Postos de Saúde receberão treinamento intensivo para resolver problemas administrativos. Hoje os Diretores são omissos porque são feitos por indicação política. Na nossa gestão os cargos de diretor de Postos de Saúde terão nomeação técnica.

    Quanto ao trânsito, Maringá arrecada muito com multas de trânsito e aplica pouco em educação no trânsito. Só há um jeito de melhorar o trânsito de qualquer cidade do mundo é através da educação. Vamos colocar o ensino do trânsito desde o Infantil até o Fundamental II. Nossa esperança é que a educação cumulativa das crianças reflita nos adultos e, sendo assim, teremos mais cortesia nas nossas ruas, o que redundará em mais respeito no trânsito.

    Além disso, os radares não terão a intenção de multar, mas de, efetivamente, fazer com que o motorista reduza a velocidade do seu veículo. Essa mudança de paradigma fará com que a população não tenha ojeriza pelos radares, mas, entenda a função deles.

    No que diz respeito à segurança pública, treinaremos e daremos suporte à Guarda Municipal e vamos colocar à mesa os integrantes de todas as polícias para que possamos elaborar, juntos, um plano de segurança levando em linha de conta os dados que cada força de segurança tem sobre a cidade de Maringá.

    Utilizaremos a inteligência para combater a criminalidade, de modo que a Guarda Municipal atuará em conjunto com as demais forças policiais, atuando, inclusive, de modo ostensivo para dar ao cidadão maringaense a sensação de segurança que é tão reclamada pela sociedade.

    Como avalia a gestão de Ulisses Maia (PSD)?

    A pior gestão da história da cidade, populista ao extremo. Gosta de enfeitar a região central da cidade e se esquece que a função básica do Poder Público é causar impacto positivo na vida dos cidadãos. Maringá não suporta 8 anos desse governo, sob pena de sermos levados à bancarrota administrativa. A gestão pública está recheada de indicações políticas, de modo que é impossível ter qualquer esperança na atual gestão.

    Concorda com a compra de vagas em creches particulares?

    O programa de compra de vagas em creches particulares não é ruim. O ruim é que o governo municipal não tem credibilidade. Veja a dificuldade que tiveram para comprar poucas vagas. Nenhum empreendedor que tenha visto o modus operandi da atual gestão tem coragem de investir em seu empreendimento sabendo que o programa pode não ter continuidade.

    A compra de vagas em creches precisa ser um programa perene e, não, uma discricionariedade da administração, onde as escolas têm tido, inclusive, dificuldade em receber os valores que constaram dos contratos.

    Concorda com os investimentos feitos em praças?

    Não concordo com os valores investidos. Na Praça Farroupilha foram gastos mais de R$ 700.000,00. Basta ir lá e ver que não há fundamento para isso. Praça bonita é bom. Saúde para o povo e escola para nossas crianças é melhor ainda.

    Qual a principal obra de mobilidade que propõe para Maringá no período de 2021 a 2024?

    As obras para a construção da segunda perna dos “viadutos saci” precisam ser iniciadas urgentemente e a resolução, definitiva, do problema do Contorno Norte são obras que não podem mais esperar.

    Pretende continuar a investir no Eixo Monumental?

    Em 4 anos de mandato pode ser que o Eixo Monumental volte à pauta. Não sou contra o projeto. Só que o momento não é de se pensar em gastar dinheiro naquilo que não vai, de imediato, alavancar a economia da cidade.

    Acha possível ter um VLT na Avenida Brasil?

    Falar em VLT em um período pós-pandemia seria inocente da minha parte. Vamos fazer o que precisa ser feito e, com certeza, não será um VLT em Maringá.

    Qual mensagem deixaria aos eleitores neste início de campanha eleitoral?

    Não desanimem da política. Dê uma chance a quem quer fazer gestão pública e aposentem, pelo voto, os políticos de carreira. Não adianta protestar e ficar sem ir votar. O voto é a única arma eficaz para mudar a situação política do país. Proteste votando em quem nunca foi candidato. Esse é o caminho para a mudança política.

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