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A Comissão Processante (CP) da Câmara de Maringá que analisa um pedido de cassação contra a vereadora Cris Lauer (Novo) decidiu recomendar pela perda de mandato dela. O relatório final foi concluído na noite desse domingo (24).
O grupo que analisa o caso é formado pelos parlamentares Willian Gentil (PP), Sidnei Telles (Podemos) e Maninho (Republicanos). Na semana passada, a defesa de Lauer protocolou as suas alegações finais, onde argumentou sobre supostos erros existestens na denúncia, protocolada pelo advogado Kim Rafael Antunes, e chegou a citar uma suposta ‘má fé’.
Cris Lauer é enfrenta um pedido de cassação após uma condenação, em primeira instância, a devolução de valores aos cofres públicos e pagamento de multa, após o Ministério Público acusar a vereadora de improbidade administrativa por um caso ocorrido entre o fim de 2021 e começo de 2022. Na ocasião, um advogado nomeado como chefe de gabinete de Lauer advogou para a vereadora em processos particulares.
No relatório da Comissão, os vereadores entenderam que a denúncia por improbidade é passível da cassação. Em entrevista ao Maringá Post, o relator Sidnei Telles disse que os parlamentares entenderam que a vereadora cometeu um crime ao usar o chefe de gabinete para serviços privados.
“Nós consideramos que a vereadora cometeu o crime, isso ficou evidenciado pela decisão do juiz e que não foi só a prestação de serviço pró-bono do advogado dela, mas uma contratação voltada a que ele prestasse serviço nos oito processos que ela tinha durante nove meses em troca do salário da Câmara de Vereadores, com a regra da Câmara que ele tem que bater cartão. Como ele foi contratado para isso, é como eu contratasse um servidor particular e quem pagasse fosse a Câmara de Vereadores. Por isso, no meu relato e da Comissão Processante, nós consideramos que este ato ímprobo deve levar à cassação do mandato”, disse.
Os vereadores descartaram, no relatório final, que a parlamentar tenha cometido quebra de decoro, outro fato de que ela era acusada no processo. Agora, resta a Presidência da Câmara marcar a sessão onde os vereadores votarão a aprovação, ou não, do relatório final, que pode levar a cassação.
A reportagem procurou a Câmara Municipal e também o gabinete da vereadora Cris Lauer (Novo), mas não teve retorno até o fechamento deste texto. O espaço segue aberto para manifestações.
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