Câmara de Maringá marca sessão que pode culminar na cassação da vereadora Cris Lauer

Vereadores irão apreciar o relatório da Comissão Processante (CP) em sessão extraordinária na quarta-feira (27), às 14h. Documento finalizado pela CP recomendou a cassação da parlamentar por improbidade administrativa.

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    A Câmara de Maringá já marcou o julgamento que poderá culminar na cassação da vereadora Cris Lauer (Novo). Na manhã desta segunda (25), a presidência do legislativo enviou aos gabinetes dos vereadores a convocação para a sessão onde será apreciado relatório da Comissão Processante (CP): será na quarta-feira (27), às 14h, em caráter extraordinário.

    Os parlamentares deverão votar pela aprovação ou reprovação do relatório elaborado pela CP, composta pelos vereadores Willian Gentil (PP), Sidnei Telles (Podemos) e Maninho (Republicanos). O documento, finalizado na noite desse domingo (24), acatou os argumentos da denúncia e recomendou a cassação da vereadora por improbidade administrativa.

    Cris Lauer enfrenta um pedido de cassação após uma condenação, em primeira instância, a devolução de valores aos cofres públicos e pagamento de multa, após o Ministério Público acusar a vereadora de improbidade administrativa por um caso ocorrido entre o fim de 2021 e começo de 2022. Na ocasião, um advogado nomeado como chefe de gabinete de Lauer advogou para a vereadora em processos particulares.

    No relatório da Comissão, os vereadores entenderam que a denúncia por improbidade é passível da cassação. Em entrevista ao Maringá Post, o relator Sidnei Telles disse que os parlamentares entenderam que a vereadora cometeu um crime ao usar o chefe de gabinete para serviços privados.

    “Nós consideramos que a vereadora cometeu o crime, isso ficou evidenciado pela decisão do juiz e que não foi só a prestação de serviço pró-bono do advogado dela, mas uma contratação voltada a que ele prestasse serviço nos oito processos que ela tinha durante nove meses em troca do salário da Câmara de Vereadores, com a regra da Câmara que ele tem que bater cartão. Como ele foi contratado para isso, é como eu contratasse um servidor particular e quem pagasse fosse a Câmara de Vereadores. Por isso, no meu relato e da Comissão Processante, nós consideramos que este ato ímprobo deve levar à cassação do mandato”, disse.

    Os vereadores descartaram, no relatório final, que a parlamentar tenha cometido quebra de decoro, outro fato de que ela era acusada no processo.

    A reportagem procurou a Câmara Municipal e também o gabinete da vereadora Cris Lauer (Novo), mas não teve retorno até o fechamento deste texto. O espaço segue aberto para manifestações.

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