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O assessor do deputado italiano Fábio Porta, Giuseppe Petrucci, subiu à tribuna na sessão ordinária desta quinta-feira (7) para falar sobre os 150 anos da imigração italiana. Às 19 horas, no Plenário, o parlamentar realiza uma palestra sobre a obtenção de cidadania italiana. Evento é aberto ao público.
O vereador Mário Verri, autor do convite de Petrucci, lembrou que muitos brasileiros têm direito de pedir a dupla cidadania, sendo uma forma de manter viva a ligação com a história da família. Mas o processo tem sido longo.
“Há consulados com fila de espera superior a 10 anos. Por isso, muitos descendentes têm buscado fazer o processo direto na Itália. Mesmo com os desafios, podemos dizer que essa procura mostra o quanto esse vínculo ainda é forte. Mostra que muitos brasileiros querem manter essa ponte com suas origens. Afinal, a cidadania italiana não é só um documento. É reconhecimento. É história e pertencimento”.
Verri parabenizou a coordenadora do projeto Abrindo Gavetas, professora Maria Virgínea Gonçalves, por organizar programação de celebração dos 150 anos de imigração e enfatizou a presença italiana no Brasil. “Ajudaram a formar nosso povo brasileiro. Hoje, estima-se que mais de 30 milhões de brasileiros sejam descendentes italianos. Sua influência está na culinária, religião, música, agricultora e, principalmente nos valores e trabalho duro”.

Giuseppe Petrucci destacou a importância dos brasileiros com dupla cidadania e falou um pouco sobre a história da imigração italiana no Brasil, lembrando que após chegada em 1874 de pouco mais de 300 italianos no navio La Sofia em Vitória, no Espírito Santo, a maior parte dos italianos tinha como destino no porto de Santos.
“Os cidadãos italianos na América do Sul podem eleger dois deputados e um senador que podem representar as pessoas com dupla cidadania. Um desse deputados é o Fábio Porta que estudou comigo na Faculdade de Sociologia em Roma e depois nos reencontramos aqui no Brasil”.
Petrucci também sublinhou que as nações devem caminhar juntas para o bem comum. “Nesse momento histórico com problemas de guerra temos que compartilhar uma palavra de paz para todos os povos. O migrantes italianos estavam na pobreza e foram acolhidos no Brasil. Da mesma forma queremos acolher todos os imigrantes na Itália”.
O italiano enfatizou que o povo brasileiro é acolhedor. “Quando cheguei pela primeira vez no Brasil, essa federação de estados, vi a coisa mais linda; todo mundo sempre com um sorriso no rosto com a vontade de acolher as pessoas”, finalizou.
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