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A Prefeitura de Maringá pode criar novos cargos comissionados em uma eventual reforma administrativa. A informação, que não é confirmada oficialmente pelo município, foi apurada pelo Maringá Post, com fontes ligadas ao Executivo.
A realização de uma reforma administrativa municipal é tema de debate desde o fim de 2024, pouco antes de Silvio Barros (PP) assumir a Prefeitura para um terceiro mandato. Pelo segundo ano seguido, Maringá é a cidade com o maior número de secretarias municipais, considerando apenas os cinco maiores municípios do Estado. Atualmente, são 35 pastas, entre secretarias e autarquias.
A título de comparação, Curitiba tem, em 2025, 34 secretarias para gerir uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes, enquanto Londrina, com mais de 550 mil, tem 32, considerando municípios maiores que Maringá. Ponta Grossa, que vem logo abaixo, tem 22 pastas em seu organograma e Cascavel tem 26 secretarias e autarquias.
Conforme um levantamento realizado pelo Maringá Post nesta quarta-feira (23), com dados do Portal da Transparência, são 332 cargos em comissão ocupados no poder Executivo maringaense. São 291 funções na Prefeitura, 18 no Instituto de Pesquisa e Planejamento (Ipplam), 17 no Instituto Ambiental de Maringá (IAM) e 6 na Agência Maringaense de Regulação (AMR).
Fontes ouvidas pela reportagem relatam que, atualmente, os membros do Executivo fazem um mapeamento das secretarias municipais para entender as demandas e, posteriormente, fazer um “pente fino” do que será, de fato, concretizado.
Por meio de nota enviada ao Maringá Post, a Prefeitura de Maringá informou que “estudos estão sendo feitos sobre quais Secretarias precisarão passar por alterações”. O município reforçou que a “pauta não é uma prioridade do momento e será discutida futuramente”. A reportagem questionou sobre a possível criação de mais cargos em comissão, mas não teve resposta sobre o assunto.
Silvio Barros concedeu entrevista ao Maringá Post em dezembro de 2024, dias antes de assumir a Prefeitura. Na ocasião, o futuro chefe do Executivo afirmou que faria uma reforma administrativa mas que, primeiro, gostaria de avaliar o cenário.
“Seguramente faremos uma reforma administrativa, não temos dúvidas com relação a isso. Mas, primeiro, a gente tem que ocupar o espaço e entender exatamente as razões e os motivos pelos quais secretarias foram divididas. A Assistência Social foi dividida em três, a Semusp (antiga Secretaria Municipal de Serviços Públicos) foi dividida em duas, nós tivemos algumas situações como essa em que secretarias foram divididas e precisamos entender se elas funcionam melhor assim ou se devemos reposicionar isso”, afirmou na época.
Ao citar pastas que foram divididas, o prefeito não descartou, na ocasião, voltar a unificá-las. “Isso será objeto de experiência própria, não vamos julgar por achômetro, primeiro vamos sentar e ver como está funcionando, pois o que realmente importa é resultado para a população, isso é o que interessa, então vamos buscar qual o formato dá o melhor resultado. […] “Secretarias que existem um conflito de atividades, provavelmente, vamos acabar fundindo em uma só. Tem áreas que uma pasta cuida, mas que há uma interseção no meio e não sabemos ao certo a quem corresponde, então nesses casos, talvez, seja melhor voltar a unificar, mas cuidaremos disso ao longo do caminho, mas que seguramente faremos ajustes, não tenho dúvidas que faremos”, disse.
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