Majô chamou segurança para acompanhar reunião com Hossokawa após polêmica exoneração de subprocurador

Fato ocorreu na sexta-feira (18), após a presidente do legislativo comunicar a exoneração do então servidor, que era indicado do ex-presidente da Câmara. Vereadora diz que chamou segurança para acompanhar a conversa visando “resguardar” a equipe do gabinete e não informou motivo do desligamento.

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    Um segurança da Câmara acompanhou uma reunião entre a presidente, Majô (PP), o ex-presidente Mário Hossokawa (PP) e o então subprocurador do legislativo, que teve a exoneração publicada no Diário Oficial do Município dessa segunda-feira (21). O encontro entre o trio ocorreu na sexta (18), mesmo dia em que a vereadora comunicou o desligamento do servidor.

    A saída do subprocurador causou polêmica na Câmara nos últimos dias em meio a uma guerra de narrativas. Nos bastidores, fala-se que o motivo da saída teria sido um suposto erro no registro de frequência do servidor descoberto pela equipe da Presidência. Ao Maringá Post, ele negou as acusações e disse ter provas de que todos os registros estão legais. De outro lado, pessoas próximas ao ex-presidente Mário Hossokawa (PP) falam em perseguição política por parte da atual mandatária da Câmara.

    Hossokawa foi quem indicou o nome do então subprocurador, que ocupava a função desde janeiro de 2025. O cargo, até então, não existia no organograma da Câmara até ser criado pelos vereadores, em dezembro do ano passado.

    O fato que teria originado a exoneração ocorreu no dia 11 deste mês. Conforme apurado pela reportagem, o legislativo afirma que o então subprocurador teria trabalhado cerca de 20 minutos a menos naquele dia e registrado ponto de saída apenas por volta das 22h. O servidor, por sua vez, alega que o motivo do erro teria sido o esquecimento em registrar o ponto de saída, mas que teria cumprido a jornada de trabalho integral. A reportagem teve acesso ao registro de frequência do servidor, que mostra o cumprimento integral da jornada nos dias citados.

    Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (22), Majô (PP) não informou o motivo da exoneração do servidor. Ela confirmou a existência da reunião e que teria chamado um segurança da Câmara para acompanhar o encontro visando “resguardar” a equipe.

    “O que aconteceu sobre essa questão da segurança foi que eu comuniquei um comissionado que ele não mais estaria fazendo parte do quadro funcional da Casa. Ele, é entendível, se exaltou, ficou bastante nervoso em relação a isso, exaltou bastante o tom de voz e, para resguardar, a minha equipe abriu a porta do gabinete para deixar o gabinete aberto, para que elas pudessem ver o que estava acontecendo ali dentro devido ao tom de voz e a forma como estavam falando comigo. Chamaram um segurança que faz parte da vigia da casa para acompanhar essa conversa. Não houve nada além disso. Depois que nós os chamamos, chegou um vereador na sala. Essa foi a cronologia dos fatos que aconteceram”, afirmou.

    Questionada sobre o motivo da saída do servidor, a presidente da Câmara afirmou que o processo interno pode ser solicitado via Lei de Acesso à Informação (LAI).

    “O que nós podemos afirmar é que é prerrogativa da presidente fazer essa exoneração e eu sei que a imprensa tem cobrado algumas informações sobre isso, vocês podem solicitar via Lei de Acesso à Informação (LAI) o processo que resultou em determinada exoneração”, resumiu.

    Majô negou que exista ‘rusgas’ entre ela e servidores indicados pelo ex-presidente Mário Hossokawa (PP).

    “De maneira alguma (há desentendimentos). Nós entendemos que a Câmara tem funcionado de maneira muito adequada, os servidores daqui da Câmara, sejam eles de carreira ou que estão em cargos de função gratificada, ou servidores comissionados, têm realizado um bom trabalho e é por isso que eles estão sendo mantidos em suas funções. Não há nenhuma rusga em relação a isso”, disse.

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