Atrasada, entrega da reforma do prédio da Câmara de Maringá deverá ficar para novembro de 2025

Inicialmente prevista para janeiro, empresa elencou dificuldades no andamento da obra em reunião com o legislativo, ocorrida nessa segunda-feira (26). Presidente da Câmara admite insatisfação com o atraso e diz que estuda aplicação de nova multa à construtora.

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    Inicialmente prevista para janeiro deste ano, a entrega da reforma do prédio da Câmara de Maringá deverá ficar para o mês de novembro. Ao menos é o que prevê o legislativo, que nessa segunda-feira (26) se reuniu com representantes da construtora para discutir o andamento da obra.

    De acordo com as medições feitas por técnicos da Câmara e pela própria empresa, atualmente a obra está aproximadamente 25% concluída. Na reunião, convocada pela presidência do legislativo, a empresa teria elencado algumas razões pela qual a reforma não teve o andamento previsto. Entre elas estariam a dificuldade na contratação de mão de obra em Maringá, problemas estruturais no prédio descoberto com a reforma já em andamento, como canos estourados e problemas na fiação elétrica, além da própria dificuldade em manejar maquinário nas dependências do legislativo, por conta do pouco espaço.

    Ao Maringá Post, a presidente da Câmara de Maringá, Majô (PP), admitiu o descontentamento com o atraso, mas ponderou que gostaria de ouvir as razões da empresa e, por ora, descartou uma rescisão de contrato. Segundo ela, o legislativo avalia a aplicação de uma nova multa à construtora.

    “De certa forma, sim (estamos insatisfeitos), mas justamente para a gente poder pegar a informação é que convocamos essa reunião. A gente reuniu vários setores da Câmara que estão envolvidos com isso, desde a parte que faz a licitação, a execução, enfim, todos os outros setores, porque a gente entende que o projeto era apertado com o cronograma de execução, com o tamanho da obra, e a gente tem também os desafios que a empresa teve para poder executar a obra, como essa questão de falta de projeto, como a questão de pouco espaço de manobra de equipamentos e também de operação de máquinas para poder fazer a obra, falta de mão de obra por parte da empresa, isso é um relato que a gente tem encontrado no mercado de maneira como um todo, então a gente tem buscado trazer as informações quanto a melhor medida cabível tecnicamente e judicamente para poder preservar a casa. […] Visivelmente a obra tem caminhado de uma maneira mais célere nesses últimos meses, já é a segunda vez que a gente se reúne com a empresa, estamos estudando com a direção a aplicação de uma multa em relação a isso”, disse.

    As obras no prédio da Câmara de Maringá tiveram início em agosto de 2024. Por contrato, serão 726m² de ampliação no prédio, 394m² de reforma e 12,8m²de demolição. Conforme os projetos, disponíveis no Portal da Transparência da Câmara, a construtora responsável pela obra deverá construir oito novos gabinetes, que comportarão as atividades dos novos vereadores e suas respectivas equipes que foram eleitos em 2024.

    Além dos gabinetes, a intervenção inclui um foço de elevador, bem como sua instalação, pensando em condições de acessibilidade no prédio. A obra também inclui a criação de oito novas vagas na garagem do legislativo, adequações nos sistemas elétricos e criação de sistemas de climatização, para instalação de ar-condicionados, nos novos gabinetes.

    A empresa vencedora do contrato é de Curitiba. Ela ofereceu uma proposta de R$ 4,1 milhões pela reforma, que tinha prazo máximo de 5 meses para ser concluída, finalizando em janeiro de 2025. Ainda em novembro, a Câmara já havia aplicado uma multa de R$ 20 mil a empresa por um primeiro atraso no cronograma. O Maringá Post não conseguiu contrato com a construtora para comentar o assunto. O espaço segue aberto para manifestações.

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