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Antes de receberem quase R$ 50 mil em horas extras no mês de abril, dois vigias da Câmara de Maringá teriam trabalhando mais de 440 horas além da carga habitual. É o que mostram registros de frequência do legislativo, consultados pela reportagem nesta sexta-feira (23).
De acordo com a Câmara, um dos servidores, que atualmente tem salário-base de R$ 8.583,91 e recebeu quase R$ 32 mil em horas extras, teria trabalhado 390 horas no decorrer do mês respectivo, sendo 295 horas além da carga horária habitual, que é de 30 horas por semana.
O outro, conforme os registros, fez 145 horas extras em abril. Ele também tem uma carga horária habitual de 30 horas semanais e vencimentos-base de R$ 9.401,35. Em abril, foram quase R$ 18 mil pagos em horas extras ao respectivo servidor.
Para atingir a quantidade de horas presentes nos registros, os servidores teriam que trabalhar, em média, de 8 a 12 horas diárias além da carga horária fixa durante todo o mês. Oficialmente, a Câmara atribuiu o excesso na carga de trabalho ao funcionamento do prédio anexo da Câmara, que ainda não conta com uma equipe própria de segurança. Uma licitação visando a contratação de serviços terceirizados de segurança armada para a Câmara, inclusive, deverá conhecer seus vencedores no dia 26 de maio.
Em comunicado oficial, o legislativo também informou que adotou medidas para corrigir os valores e interromper a prática assim que soube dos valores elevados. Pessoas de dentro da Câmara consultadas pela reportagem alegam, no entanto, que os pagamentos estão dentro da legalidade e não há nenhum fato considerado irregular que possa ser atribuído aos números elevados.
Procurado pelo Maringá Post, o Ministério Público do Trabalho (MPT) informou apenas que o caso está fora de sua competência.
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