Conselho Regional de Medicina classifica como ‘difamação’ fala de Silvio Barros sobre produtividade dos médicos da UPA Zona Norte

Na noite dessa quinta-feira (22), prefeito visitou Unidade de Pronto Atendimento e apontou baixa produtividade dos médicos como um dos motivos do represamento de atendimentos. Entidade que representa os profissionais diz que faltam médicos nas unidades e afirmou que tomará “medidas cabíveis” contra o que classificou como “difamação”.

  • Tempo estimado de leitura: 2 minutos

    O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) rebateu, nesta sexta-feira (23), uma fala do prefeito de Maringá, Silvio Barros (Progressistas) que questionou o que classificou como ‘baixa produtividade’ dos médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte. A fala do chefe do Executivo foi veiculada em um vídeo, publicado em suas redes sociais, após uma visita a unidade ocorrida na noite dessa quinta-feira (22).

    Barros foi até a UPA após o local registrar lotação e diversas reclamações de usuários sobre a demora no atendimento. Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito explicou que a longa espera por atendimento está diretamente relacionada à baixa produtividade de algumas equipes médicas.

    Segundo ele, houve casos de profissionais que atenderam menos de três pacientes durante todo o plantão da tarde. “Eu vi os dados lá dentro. A equipe médica do período da tarde não chegou a atender três pessoas por médico hoje. Aí realmente fica complicado”, afirmou.

    Por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) classificou as falas do prefeito como uma “difamação contra a classe médica” afirmou que a possível demora nos atendimentos ocorre pela falta de profissionais nas unidades de Saúde em Maringá.

    “Estou aqui para prestar um depoimento como relação as gravíssimas acusações que o prefeito de Maringá tem feito com relação à classe médica para justificar as falhas e os problemas administrativos em relação à gestão da Saúde. É necessário esclarecer que no município de Maringá há falta de médicos para um atendimento adequado nas Unidades Básicas de Saúde, o que acaba acarretando em um aumento de volume de atendimento nas UPAs, muitas vezes sendo os atendimentos casos de emergências ou casos gravíssimos que demandam muito tempo de dedicação e do atendimento médico, o que por vezes pode levar a um atraso do atendimento a outros pacientes que aguardam. Este conselho não medirá esforços para tomar todas as medidas cabíveis em relação aos fatos que têm ocorrido, e principalmente para responsabilizar os envolvidos nesta difamação contra a classe médica”, afirmou o conselheiro Carlos Henrique Tapia.

    O Maringá Post procurou a Prefeitura de Maringá pela manhã desta sexta (23). O Executivo, por sua vez, informou que a fala de Silvio foi direcionada aos profissionais credenciados. A reportagem aguarda um posicionamento sobre a fala do Conselho Regional de Medicina.

    Comentários estão fechados.