Com menos de dois meses de governo, desaprovação a Trump supera aprovação nos EUA

Após menos de dois meses de mandato, presidente dos EUA enfrenta queda em popularidade, com críticas concentradas na economia e no custo de vida

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    Com apenas 50 dias no cargo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já enfrenta dificuldades em manter a aprovação popular. Pela primeira vez desde o início do mandato, a média das pesquisas de opinião aponta que mais americanos desaprovam do que aprovam sua gestão.

    A média foi divulgada pelo estatístico norte-americano Nate Silver, especialista em análise de pesquisas eleitorais, e reúne mais de 200 levantamentos feitos por diversos institutos desde a posse do presidente em 20 de janeiro deste ano. Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (10), 48,1% dos entrevistados desaprovam o governo Trump, enquanto a aprovação ficou ligeiramente abaixo, com 47,9%.

    Economia e inflação preocupam americanos

    Uma das principais razões apontadas para a queda na popularidade de Trump envolve questões econômicas. Um recente estudo realizado pelo instituto Ipsos em parceria com a agência Reuters revelou que o custo de vida e a economia estão entre as maiores preocupações da população norte-americana.

    O levantamento indicou que apenas 31% dos americanos concordam com as políticas econômicas adotadas até agora pelo presidente Trump, especialmente em relação ao controle do custo de vida. A desaprovação se deve, sobretudo, à imposição de tarifas comerciais sobre parceiros importantes, o que, segundo especialistas, poderá elevar a inflação e encarecer produtos básicos para o consumidor.

    Economistas alertam que tais medidas comerciais podem agravar ainda mais a inflação e prejudicar a recuperação econômica, uma das principais promessas de campanha de Trump.

    Apoio em imigração e funcionalismo público

    Embora as avaliações negativas predominem em aspectos econômicos, Trump ainda encontra respaldo em alguns pontos específicos. Os eleitores têm apoiado as medidas propostas pelo presidente quanto à política de imigração, além dos esforços para reduzir o tamanho do funcionalismo público.

    Mesmo assim, a queda na avaliação positiva preocupa aliados próximos ao presidente republicano, especialmente por ocorrer tão cedo no mandato, quando a popularidade costuma estar em alta.

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