Tempo estimado de leitura: 3 minutos
Brasil e Estados Unidos concordaram em realizar encontros bilaterais nos próximos dias para tratar da situação comercial entre os dois países.
A decisão foi tomada após uma videoconferência entre o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer.
A conversa, que durou cerca de 50 minutos no fim da tarde dessa quinta-feira (6), aconteceu no dia seguinte ao discurso do presidente norte-americano, Donald Trump, que mencionou o Brasil como um dos países para os quais ele poderia impor tarifas comerciais. Trump passou cerca de 90 minutos expondo as prioridades de seu governo ao Congresso dos Estados Unidos.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), a reunião focou nos resultados da balança comercial e detalhou a política tarifária recíproca entre os países.
De acordo com a pasta, houve concordância sobre os aspectos positivos da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos.
“O vice-presidente considerou positiva a conversa e acredita que, através do diálogo, será possível chegar a um bom entendimento sobre a política tarifária e outras questões que envolvam a política comercial entre os países”, destacou a nota do Mdic.
Alckmin lembrou ao seu colega norte-americano que o comércio entre Brasil e Estados Unidos soma cerca de US$ 80 bilhões anualmente. Considerando a balança comercial (exportações menos importações), os Estados Unidos têm um superávit de US$ 200 milhões com o Brasil.
O vice-presidente também destacou que, dos dez produtos mais importados pelo Brasil dos Estados Unidos, oito têm tarifa zero.
“A tarifa média ponderada efetivamente recolhida é de 2,73%, bem abaixo das tarifas nominais”, afirmou o Mdic.
Alckmin também ressaltou que o Brasil é responsável pelo sétimo maior superávit comercial de bens para os Estados Unidos. Quando somados bens e serviços, o superávit comercial dos Estados Unidos com o Brasil ultrapassa os US$ 25 bilhões, ou seja, o Brasil importa US$ 25 bilhões a mais do que exporta para os EUA.
“O vice-presidente ressaltou que a intenção do governo brasileiro é fortalecer a complementariedade econômica entre os países e aumentar a reciprocidade, fortalecer nossas empresas e, acima de tudo, contribuir para as boas práticas comerciais entre os dois países”, concluiu a nota do Mdic.
Agência Brasil
Comentários estão fechados.