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O prefeito eleito de Maringá, Silvio Barros (Progressistas), afirmou querer analisar o contrato firmado com a Parceria Público-Privada (PPP) da Iluminação Pública na cidade. O objetivo da medida é entender se é possível priorizar a manutenção do setor em algumas regiões específicas do município.
Em entrevista ao Maringá Post, Barros foi questionado sobre a PPP e os recentes atrasos no cronograma de manutenção da empresa. Em pouco mais de 6 meses, cerca de 9 mil lâmpadas foram substituídas em Maringá. A própria administração municipal admite que o número está abaixo do que deveria a esta altura do contrato. O Consórcio Luz de Maringá, vencedor do contrato, tem até dezembro do ano que vem para substituir todas as 55 mil lâmpadas previstas no edital por luminárias de led.
“Trataremos isso com muita seriedade, queremos ver a forma como o contrato foi elaborado e se ele nos permite repriorizar algumas coisas, se alguns setores da cidade podem ser priorizados, e são áreas onde hoje temos mais problemas na área de segurança e queremos que a empresa trate disso primeiro. Em algumas regiões pode ser que a iluminação demore um pouco mais a chegar, mas é porque em outras áreas pessoas estão sendo vítimas de violência por conta da iluminação”, afirmou Silvio Barros, ao Maringá Post.
O prefeito eleito, que tomará posse em 1º de janeiro de 2025, afirma ainda não ter conversado diretamente com a empresa, mas entende algumas razões pelas quais o cronograma está atrasado.
“Quem ganhou a PPP é uma empresa multinacional, tem compromissos de ESG, tem ações na bolsa, então não interessa para a empresa ter mau desempenho. Eles não têm interesse de perder o contrato e muito menos de ter uma avaliação negativa. Então digo que há o interesse da empresa em fazer um bom trabalho, mas não estão conseguindo, por algumas razões. Ainda não tivemos um contato direto com a empresa, mas dentro da transição estamos avaliando isso. Olhamos o cronograma, está parcialmente atrasado pois eles não conseguem contratar pessoas para trabalhar, e isso não é um problema só dela. Eu entendo que não se trata de uma desculpa, é um fato, está difícil contratar pessoas de uma determinada categoria em Maringá, então isso é uma das razões do atraso”, explicou.
Ainda no entendimento de Silvio, há questionamentos se a cidade deveria, ou não, ter firmado uma PPP para a Iluminação. No entanto, segundo ele, o que interessa é ter os serviços funcionando.
“Existem dúvidas e questionamentos se Maringá deveria, ou não, ter feito uma PPP, considerando que os recursos da nossa taxa de iluminação eram superavitários, ou seja, sobrava dinheiro. Sobrando dinheiro, não precisávamos, necessariamente, ter feito uma PPP. Eu não participei desse processo, mas agora não interessa discutir o que ficou para trás, interessa é ver o para frente”, disse Silvio Barros.
O futuro chefe do Executivo também afirmou que a Prefeitura será bastante rigorosa no cumprimento das cláusulas e não descartou medidas mais rígidas, como uma eventual recisão.
“Entendemos que existem fatores alheios os interesses da empresa, mas seremos muito rigorosos. Se existe um contrato, precisamos de justificativas para que ele não esteja sendo cumprido, ou então começamos a colher argumentos para uma rescisão e nós faremos as duas coisas: primeiro, queremos o resultado, e, não havendo-o ou não tendo justificativas satisfatórias, começamos a colher argumentos para uma eventual rescisão”, finalizou.
Assista a entrevista completa com Silvio Barros no canal do Maringá Post no YouTube:
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