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Três dos 23 vereadores eleitos em Maringá para a próxima legislatura não deverão seguir na Câmara Municipal, sendo substituídos por suplentes. Duas situações já estão praticamente confirmadas, enquanto uma terceira ainda resolução da Justiça Eleitoral. A diplomação dos novos eleitos está marcada para o dia 10 de dezembro, no auditório da OAB Maringá, enquanto que a posse ocorrerá em 1º de janeiro de 2025, no Teatro Calil Haddad.
Dois dos eleitos receberam convites para serem secretários municipais na gestão Silvio Barros (Progressistas). Tratam-se de Delegado Luiz Alves (PL), que acumulará as pastas da Segurança Pública e da Mobilidade Urbana, e Paulo Biazon (União), que será secretário de Esportes e Lazer.
Luiz Alves, que foi o segundo candidato a vereador mais votado da cidade, com 5.488 votos, será substituído por Guilherme Machado, segundo suplente do Partido Liberal. Machado recebeu 1.041 votos na disputa eleitoral de 2024. O primeiro suplente da chapa e que, em tese, deveria assumir a vaga é Leandro Bravin, filho do vereador Belino Bravin (Progressistas). No entanto, Leandro também será secretário municipal em 2025, ficando com a Assistência Social.
Já na vaga de Paulo Biazon, que recebeu 3.407 votos, entrará o Pastor Sandro Martins, primeiro suplente do União e que teve 1.629 votos na disputa em 2024. Nos casos de Luiz Alves e Biazon, ambos serão diplomados e tomarão posse como vereadores no dia 1º, pedindo afastamento do cargo no dia seguinte para seguir ao Executivo.
O caso de provável substituição mais recente envolve o vereador eleito Odair Fogueteiro (Progressistas). Após conquistar 2.391 votos em outubro, Fogueteiro foi alvo de uma ação do Ministério Público, que pediu à Justiça para que ele não fosse diplomado no próximo dia 10. O vereador eleito, que ocupou o cargo pela última vez entre 2017 e 2020, é réu em uma ação por Nepotismo que atingiu outros vereadores e corre na Justiça desde 2006. Com os direitos políticos cassados, ele foi candidato em 2024 sob uma liminar.
A Justiça acatou os argumentos do Ministério Público e oficiou a Justiça Eleitoral para que Odair não seja diplomado. Na vaga dele, deverá entrar Onivaldo Barris (Progressistas), primeiro suplente do partido.
Procurada pelo Maringá Post, a defesa do vereador eleito Odair Fogueteiro se manifestou por meio de nota. Leia na íntegra:
“A defesa do vereador Odair fogueteiro, diante do conhecimento que foi expedido ofício para a justiça eleitoral determinando o início do cumprimento de uma pena de suspensão de direitos políticos contra o mesmo, informa que já ingressou com o recurso adequado junto à segunda Vara da Fazenda Pública de Maringá. É preciso esclarecer que, no caso do vereador, já há decisão do Supremo Tribunal Federal que impede a execução da pena de suspensão de direitos políticos no exato caso do vereador. Tanto porque a lei da improbidade foi mudada, quanto porque fora deferida uma medida cautelar numa ação direta de incondicionalidade, pelo ministro Gilmar Mendes, em outubro de 2021, que já afastava a possibilidade de aplicar a suspensão de direitos políticos nas condenações contra violação a princípios, que atualmente sequer são consideradas formas graves de improbidade. Diante disso, o vereador aguarda que a Justiça de Maringá preserve a vontade majoritária da população que o elegeu”.
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