Tempo estimado de leitura: 3 minutos
A dívida global do Hospital Metropolitano de Sarandi teria alcançado os R$ 118 milhões. Pelo menos é o que aponta um levantamento preliminar, feito pelo grupo de intervenção da unidade e apresentado aos deputados estaduais integrantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
A unidade recebeu uma intervenção autorizada pela Justiça no fim de outubro. Atualmente, o comando do Hospital está sob responsabilidade de Rogério Vanderlei Kuntz, diretor da Santa Casa de Curitiba. Nesta quinta-feira (21), uma audiência pública apresentou o plano de retomada gradual do funcionamento do Metropolitano, atualmente interditado e com pacientes transferidos.
Conforme apresentado na audiência, que contou com a participação de representantes da 15ª Regional de Saúde, uma parte dos serviços deverá ser retomada em dezembro. A expectativa é por 10 leitos clínicos funcionando já em janeiro e a retomada total, com os 204 leitos, até o mês de abril de 2025, conforme explica o membro da Comissão de Saúde da Alep, deputado Evandro Araújo (PSD).
“Esse cronograma prevê ali, em torno do mês de março/abril seria, a totalidade dos serviços voltaria a funcionar, os 204 (leitos). Só que antes a gente tem ali, já em dezembro, uma volta de leitos clínicos. Então, serviços de imagem, ambulatoriais, voltaria (em dezembro). Em janeiro, 10 leitos clínicos e aí, aos poucos, esse escalonamento vai crescendo com leitos clínicos e leitos cirúrgicos. Alguns leitos de UTI também (voltam) em fevereiro”, afirmou o parlamentar, ao Maringá Post, nesta sexta-feira (22).
De acordo com o deputado, o bloco de deputados da Comissão solicitou o retorno dos leitos cirúrgicos e dos serviços de urgência e emergência o mais breve possível. “Temos uma demanda crescente no fim de ano. Não deixar aberta a porta dos serviços de urgência não ajuda a desafogar a demanda da região”, completou.
Ainda segundo Evandro Araújo, a atual comissão interventora do Hospital apresentou números preliminares da dívida, que giraria em torno de R$ 118 milhões. O número, conforme o deputado, pode ser ainda maior.
“Pode ser maior porque tem algumas coisas a serem apuradas ainda, que podem surgir ali. Tanto coisas a serem apuradas como elementos novos podem surgir”, resumiu.
Apesar da dívida, o atual diretor da unidade afirmou, na audiência pública desta quinta (21), que os salários dos servidores que estavam em atraso já foram pagos e que há recursos em caixa para garantir os próximos pagamentos. Ainda há negociações em curso sobre os passivos relacionados aos servidores terceirizados.
O Maringá Post tenta contato com a administração do Hospital Metropolitano para comentar o assunto.
Comentários estão fechados.