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Alguns deles não retornaram para a vida pública após serem derrotados nas urnas em 2018, enquanto outros tiveram uma sobrevida até 2022. Em comum, a destinação de recursos: mesmo fora da política, emendas indicadas por ex-deputados e senadores continuam chegando em Maringá.
De janeiro a abril de 2024, a Cidade Canção recebeu R$ 66 milhões em emendas parlamentares, das quais R$ 9,1 milhões foram enviadas por políticos já sem mandato. O levantamento foi feito pelo Maringá Post, com dados da plataforma ‘Siga Brasil‘, a central de dados abertos do Orçamento da União.
Tratam-se de recursos solicitados pelos parlamentares em anos anteriores, ainda no exercício do mandato, mas só pagos neste ano.
Neste ano, o Governo Federal bateu o recorde de liberação de emendas parlamentares. Também em 2024, bateu-se o recorde de emendas liberadas em um único dia: R$ 4,9 bi no dia 30 de abril para deputados e senadores, de acordo com um levantamento realizado pelo Estadão. Diretamente aos municípios, foram R$ 1,6 bi liberados, conforme dados do Siga Brasil.
A lista de parlamentares já sem mandato com emendas sendo pagas em 2024, no caso específico de Maringá, é longa. Ela inclui os ex-senadores Roberto Requião (Mobiliza), que deixou o cargo em 2018, e Alvaro Dias (Podemos), fora de cargos públicos desde 2022. Além deles, constam também os ex-deputados federais Paulo Martins (PL), Rubens Bueno (Cidadania), Aroldo Martins (Republicanos), Edmar Arruda (PSD), Christiane Yared (Progressistas), Aline Sleutjes (Pros) e Fernando Francischini (União).
Os recursos têm destinos variados, estando divididos em 21 emendas. A emenda de maior valor, por exemplo, foi destinada por Alvaro Dias, no valor de R$ 1,3 milhão, para o “Incremento temporário ao custeio dos serviços de assistência hospitalar”. A segunda de maior valor, de R$ 1 milhão e enviada pelo ex-deputado Aroldo Martins, tem a mesma destinação. Já a de menor valor foi destinada por Edmar Arruda, no valor de R$ 97 mil, para “Fomento ao setor agropecuário”.
Todos os dados ficam disponíveis para consulta pública. Basta acessar este link.
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