Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Tradicionalmente, a vacinação contra a influenza era realizada simultaneamente em todo o País entre os meses de abril e junho, mas as diferenças de sazonalidade da doença foram determinantes para que o Ministério da Saúde definisse que a vacinação ocorra na região Norte no segundo semestre.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aguarda a confirmação do quantitativo e da data de envio do primeiro lote de imunizantes ao Paraná. “Mesmo sem esses dados, é importante ressaltar que nossos municípios estão preparados. Tão logo essas vacinas cheguem, iniciaremos a campanha, buscando atingir a maior cobertura vacinal possível”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e óbitos na população-alvo. A vacinação objetiva minimizar a carga viral e prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários além de diminuir a sobrecarga sobre os serviços de saúde.
GRUPOS PRIORITÁRIOS – Estão elencados como grupos prioritários para receberem a vacina: crianças de seis meses a menores de seis anos; crianças indígenas de seis meses a menores de nove anos; trabalhadores da saúde; gestantes; puérperas; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; pessoas com mais de 60 anos.
Também compõem grupos prioritários pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; profissionais das forças armadas; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); trabalhadores portuários.
Fazem parte, ainda, funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
RECOMENDAÇÕES – Os imunizantes trivalentes do Instituto Butantan possuem três tipos de cepas de vírus combinadas: A (H1N1); A (H3N2) e B (linhagem B/Victoria). Crianças que vão receber a vacina pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias. A partir de 9 anos de idade é necessária apenas uma dose.
A vacina da influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação e também com outros medicamentos, desde que as administrações sejam feitas com seringas e agulhas diferentes em locais anatômicos distintos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os doadores de sangue que tiverem sido vacinados contra influenza devem aguardar 48 horas após a vacinação para doarem.
VACINAÇÃO – No ano passado, o público-alvo para a vacinação da gripe no Paraná contemplava 4.627.656 pessoas. Deste quantitativo, o Estado atingiu 55,40% de cobertura vacinal geral dos grupos prioritários, e 52,61% de cobertura dos povos indígenas.
Devido à disponibilidade de doses nas unidades de saúde, o Paraná abriu a vacinação para a população em geral, chegando a 3.298.041 doses aplicadas no total. O Estado ficou em 6º no ranking de estados que mais vacinaram, atrás do Rio Grande do Sul (3.592.450 doses), Bahia (3.965.527), Rio de Janeiro (4.313.945), Minas Gerais (7.452.798) e São Paulo (14.429.728).
14 MORTES – O 1º Informe Epidemiológico de Monitoramento dos Vírus Respiratórios, publicado em fevereiro deste ano, registrou 14 casos e um óbito de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) por Influenza, sendo sete casos de Influenza A (H3) sazonal, com uma morte e sete casos de Influenza A não subtipado.
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