Depois de quase três anos de ter rejeitado a criação do Conselho Municipal de políticas públicas para a população LGBTQIA+, a Câmara dos Vereadores de Maringá votou novamente contra um projeto que previa a inclusão deste público.
Trata-se do Projeto Rota da Diversidade, de autoria da vereadora Professora Ana Lúcia. Segundo a lei apresentada, o objetivo seria criar uma rede de estabelecimentos comerciais amigos e apoiadores da comunidade LGBTQIA+, porém, em primeira discussão, o projeto foi rejeitado por 10 votos a 4.
Apenas votaram a favor os vereadores Doutor Manoel, Mário Verri e Adriano Bacurau, além da autora do projeto.
Em seu perfil do Instagram, a vereadora professora Ana Lúcia explica que o projeto visava promover acolhimento e proteção da comunidade LGBTQIA+, além de apoiar estabelecimentos comprometidos com a inclusão.
“Os estabelecimentos comerciais teriam a oportunidade, se quisessem, de se credenciar a um cadastro municipal, como estabelecimento amigável que muito bem acolheria a população LGBTQIA+”, esclarece.
Na publicação, a parlamentar demonstra decepção com o resultado na Câmara:
“É lamentável que os vereadores tenham falado não a uma proposta que visa exclusivamente a promoção da igualdade social, a promoção dos direitos a todas as pessoas.”
O vereador Doutor Manoel, que é autor da lei maringaense de combate à homofobia, também se manifestou sobre o caso.
Em 2021, ele foi favorável à criação do Conselho Municipal de políticas públicas para a população LGBTQIA+ e, na sessão de hoje (8), foi até a tribuna defender o projeto que criaria a Rota da Diversidade. “É uma pena que a gente ainda precise discutir direitos básicos, mas enquanto houver preconceito eu estarei nesta luta”, afirma o vereador.
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
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