Desde 2023 até o momento, previsão de entrega da obra foi alterada três vezes. De acordo com a Prefeitura, nova estimativa de conclusão é para julho. Município afirma que “cobra agilidade da empresa” na conclusão dos serviços.
Por Victor Ramalho
Nesta terça-feira (6), completam-se três anos do início da reforma do do Terminal Rodoviário Vereador Dr. Jamil Josepetti, em Maringá. A obra, iniciada em fevereiro de 2021, tinha prazo de conclusão de 12 meses, mas sofreu alguns atrasos por conta de problemas com a empresa que assumiu a reforma inicialmente. Nessa segunda-feira (5), a Prefeitura de Maringá informou ao Maringá Post que a expectativa é de que a reforma seja concluída em julho.
Esta é a terceira estimativa de prazo dada pelo município apenas de 2023 para cá. Quando a obra foi retomada, em abril de 2022, a expectativa era de que a conclusão ocorresse em abril de 2023, conforme especificado em contrato. Ainda no fim de 2022, um aditivo contratual prorrogou o prazo de entrega para janeiro de 2024. Mesmo assim, o município informou à reportagem na época que as obras seriam entregues em novembro de 2023.
Em agosto, a Secretaria de Obras Públicas informou que o objetivo era entregar a intervenção antes das festas de fim de ano, embora reforçasse que o prazo contratual era janeiro deste ano. Com as obras ainda em andamento, o novo prazo dado pela Prefeitura é julho. Por meio de nota, a Prefeitura de Maringá informou que “cobra agilidade da empresa na execução dos serviços”.
No medidor de Obras Públicas disponível no Portal da Transparência, consta que a intervenção na Rodoviária de Maringá está apenas 23% concluída. Ainda no ano passado, no entanto, o município garantia que este percentual era maior e já ultrapassava os 50%. Também por meio de nota enviada à reportagem nessa segunda-feira (5), a Prefeitura de Maringá informou que “houve a necessidade de mudanças no projeto e adoção de aditivos, o que altera o valor da obra e, consequentemente, diminui o percentual medido, já que a medição é realizada sobre o valor total”. O município, no entanto, não informou qual é o real percentual de conclusão até o fechamento desta reportagem.
Os percalços no meio do caminho
A reforma do Terminal Rodoviário Vereador Dr. Jamil Josepetti enfrentou alguns obstáculos desde que a licitação foi aberta, em 2020. Iniciada em fevereiro de 2021, a obra foi paralisada em setembro do mesmo ano, após a construtora que venceu o contrato ter alegado “não haver frente de trabalho”, conforme informou a Prefeitura à época.
Na época, o município notificou a empresa, que alegou que retomaria o serviço. Em janeiro de 2022, no entanto, quando a entrega deveria ser concluída, a construtora abandonou a obra de vez. Com isso, a Prefeitura de Maringá quebrou o contrato e convocou a segunda colocada no edital.
Atualmente, a reforma é conduzida por uma construtora de Maringá, que teve o contrato homologado em março de 2022 e assumiu o serviço em maio do mesmo ano. Inicialmente pensada para um projeto de adequações de acessibilidade, a obra sofreu adequações também de ordem estética. Em entrevista ao Maringá Post em agosto de 2023, a secretária de Obras Públicas, Jocelei Menon, afirmou que a intervenção foi planejada para que o funcionamento normal da Rodoviária não fosse paralisado.
Ainda em agosto, o município informou ao Maringá Post que, até aquele momento, a reforma já havia contemplado mais de 14 itens, entre eles a troca dos pisos das rampas de acesso ao pavimento superior, adaptação das rampas das plataformas de embarque para acessibilidade, montagem da estrutura metálica do elevador, execução de refeitório e área de convivência no primeiro pavimento e instalações elétricas. Os próximos passos naquele momento, de acordo com a Secretaria de Obras Públicas, seriam a finalização dos banheiros, instalação dos elevadores e execução da nova entrada na Avenida Centenário. O comunicado enviado à reportagem nessa segunda-feira (5) não informa o que ainda falta ser realizado no projeto.
Inicialmente, a obra estava prevista para custar aproximadamente R$ 10 milhões, entre recursos próprios e também oriundos do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal. Até o momento, o projeto recebeu R$ 2,3 milhões em aditivos – o último no dia 15 de dezembro -, elevando o valor para pouco mais de R$ 12 milhões, conforme dados disponíveis no Portal da Transparência.
Foto: Arquivo/PMM
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