Em transmissão de seu programa “Conversa com o Presidente” nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou o quão desafiador é realizar mudanças em seu gabinete ministerial.
A declaração ocorre enquanto o governo se encaminha para finalizar uma significativa reforma ministerial, visando consolidar apoio do centrão no Congresso Nacional, conforme informações da Folha de S.Paulo.
O presidente ressaltou: “É sempre muito difícil você chamar alguém e falar: ‘olha, preciso do ministério porque fiz um acordo com o partido político e preciso atender’. Mas essa é a política”. Lula argumenta que tais movimentações são cruciais para garantir a aprovação de propostas importantes que tramitam no Congresso.
No contexto dessa discussão, o presidente se referiu à proposta de desoneração da folha de pagamento para 17 setores. Ele expressou preocupações sobre as possíveis implicações dessa medida, principalmente com relação à diminuição de receitas para o governo federal, estados e municípios.
Além disso, estão previstas entradas significativas no governo: André Fufuca (PP-MA), líder do PP na Câmara, deve assumir o Ministério dos Esportes, com a expectativa de um aumento nos recursos após a regulamentação das apostas esportivas. Já o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) provavelmente ocupará o ministério dos Portos e Aeroportos.
No entanto, a saída de Márcio França de Portos e Aeroportos provocou um diálogo entre Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin sobre o papel do PSB no governo. Fontes próximas ao presidente antecipam a possibilidade de Alckmin ceder o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, assumindo em troca o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social, Sustentável, frequentemente chamado de “Conselhão”.
A medida parece indicar os esforços do governo Lula em negociar e construir um cenário político mais favorável para avançar sua agenda. A conclusão da reforma ministerial é aguardada com grande expectativa.
Foto: Reprodução Live
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