Proposta prevê cabine de estudos gratuita com acesso à internet para estudantes de baixa renda

Objetivo é oferecer espaços adequados de estudo em regiões de maior vulnerabilidade socioeconômica.

  • Foto: Agência Brasil

    O Projeto de Lei 781/23 cria o programa “Meu cantinho da Aprovação”, com o objetivo de disponibilizar cabines de estudo gratuitas com acesso à internet para estudantes de famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família, registradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

    Uma das diretrizes dessa política social é promover a inclusão digital e o acesso a espaços adequados de estudo em regiões de maior vulnerabilidade socioeconômica e de baixo desempenho em indicadores educacionais.

    “Um bom lugar para estudar pode fazer a diferença na captação do conteúdo necessário para aprovação em um concurso público, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou vestibular”, justifica o autor, deputado Delegado Fabio Costa (PP-AL).

    Citando levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o parlamentar ressalta que os excluídos digitais representavam 15,3% da população jovem, em 2021.

    Para a execução do programa, o texto possibilita que sejam firmados convênios com órgãos e entidades da administração pública federal, estadual, distrital e municipal, bem como com entidades privadas, nacionais e internacionais.

    Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta altera a Lei Geral de Telecomunicações (LGT), o Código Penal e o Código de Processo Penal.

    Tarifa reduzida
    O projeto insere novo artigo na LGT para determinar que os provedores de  internet deverão ofertar o serviço com tarifa reduzida para os espaços destinados à
    implementação de programas educacionais voltados à população de baixa renda.

    Nesse caso, os custos de manutenção do serviço de internet podem ser complementados com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

    O texto também altera o Código Penal para permitir que os dispositivos
    eletrônicos que permitam o uso da internet retidos pela Justiça, em casos de condenação penal, sejam destinados à rede pública de ensino ou a programas
    educacionais.

    Tramitação
    A proposta que tramita em caráter conclusivo será analisada pelas comissões de Educação; de Comunicação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

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