Venezuela negou a entrada de observadores eleitorais da União Europeia (UE) para o pleito presidencial de 2024. Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, declarou na última quinta-feira (13) que o país sul-americano não receberá mais missões de observação do bloco europeu. A decisão veio em resposta a um pedido da UE para participar do monitoramento do processo eleitoral.
Rodríguez, que é integrante do partido governista chavista, acusou a UE de ser “rude” e “colonialista”, e disse que a Venezuela não tem tempo para considerar tais solicitações. Ele afirmou que o futuro do país é decidido pelo povo venezuelano e, enquanto representantes do Estado venezuelano, eles não permitirão a presença da UE.
Esta declaração ocorreu durante uma discussão na Assembleia Nacional, que culminou na aprovação unânime de um acordo que repudia uma resolução do Parlamento Europeu. Esta resolução condenava ações recentes do governo venezuelano, como a incapacitação de políticos da oposição e a interferência na organização das eleições.
O partido governista também alegou que um observador europeu quebrou os termos de um acordo durante as eleições regionais e locais de novembro de 2021, ao sugerir aos candidatos da oposição do estado de Bolívar que se unissem para derrotar o chavismo.
A Eurocâmara, por sua vez, tem criticado recentemente a incapacitação de figuras políticas da oposição na Venezuela, como Leopoldo López, Henrique Capriles e María Corina Machado. Estes políticos estão tentando desafiar o partido governista nas próximas eleições presidenciais.
A recusa em permitir a observação da UE pode acentuar ainda mais as tensões políticas no país sul-americano, que enfrenta contínuos desafios à sua democracia.
Foto: Twitter Nicolás Maduro
Comentários estão fechados.