‘Hospital da Criança de Maringá poderá ser aberto entre 4 e 6 meses’, garante deputada Maria Victoria

Parlamentar maringaense está na cidade para participar da sessão itinerante da Assembleia Legislativa do Paraná, que acontece durante a Expoingá.

  • Por Wilame Prado

    Os olhos da política paranaense estão voltados para a Expoingá, feira agropecuária realizada no Parque de Exposições de Maringá, onde a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) definiu uma programação com audiências públicas, debates e sessões nesta quinta-feira (11). Compondo a mesa diretora do Legislativo paranaense, a deputada estadual Maria Victoria está na cidade e confirmou participação em diversas atividades no dia de hoje.

    Ao Maringá Post, a parlamentar de apenas 31 anos de idade e que espera a chegada de Maria Stefania, sua terceira filha, concedeu entrevista para comentar sobre a expectativa política em ano pré-eleitoral e também sobre o Hospital da Criança de Maringá, uma das obras mais guardadas dos últimos anos na cidade.

    MARINGÁ POST – Qual a importância da sessão itinerante na Expoingá? Na avaliação da senhora, a Alep ainda tem como desafio se aproximar dos paranaenses?
    MARIA VICTORIA –
    A Assembleia Itinerante é uma grande iniciativa liderada pela mesa executiva, pelo presidente Ademar Traiano e pelo primeiro-secretário Alexandre Curi com o objetivo de levar o poder legislativo mais perto das pessoas.  Queremos ouvir as demandas e sugestões da população e das entidades da região.

    Na Expoingá estamos realizando a segunda edição. Foi montada uma estrutura preparada para atender as pessoas que visitam a Feira. Teremos reuniões, audiências públicas e uma sessão da Assembleia com a participação dos deputados estaduais.

    Aproveitar para convidar a população a visitar o nosso estande e deixar a sua sugestão. Além do espaço físico, fizemos um canal online para receber as solicitações. Os pedidos coletados aqui na Expoingá serão reunidos em um documento que será compartilhado  com o Governo do Estado.

    Agradecer também o apoio da Sociedade Rural de Maringá, da presidente Maria Iraclezia e da diretoria que foram grandes parceiros nessa iniciativa da Assembleia Legislativa.

    “O terceiro mandato é a continuidade do trabalho pela melhoria da educação, mais investimentos na saúde, inovação na economia, direito e defesa das mulheres e o fortalecimento dos municípios”, diz Maria Victoria

    Nota-se que a senhora iniciou o novo mandato como deputada de maneira ativa, participando de diversos projetos. Compor a mesa diretora como segunda secretária influenciou nessa disposição em atuar em diversas frentes neste terceiro mandato como deputada estadual?
    De fato assumi uma grande responsabilidade na mesa executiva da Assembleia Legislativa ao ser eleita para a função de segunda secretária. Todos os processos administrativos da Casa passam pela mesa executiva. Contratações, obras, pagamentos, licitações e outras medidas do dia a dia do poder legislativo. Depois de 30 anos, faremos concurso público na Assembleia e estamos repassando mais de R$200 milhões para a pavimentação das ruas de todas as cidades com menos de 7 mil habitantes.

    O terceiro mandato é a continuidade do trabalho pela melhoria da educação, mais investimentos na saúde, inovação na economia, direito e defesa das mulheres e o fortalecimento dos municípios. Nesse período conquistamos a liberação de cerca de R$ 370 milhões para obras em mais de 100 cidades. Ampliamos as ações de saúde preventiva em favor das pessoas e famílias que tem Doenças Raras, uma bandeira que carrego desde 2015.

    Recentemente fizemos um grande trabalho de articulação com o Governo do Estado e com os deputados para aprovar e sancionar a lei que criou a Política Estadual do Hidrogênio Renovável. Considerado o combustível do futuro, o Hidrogênio Renovável tem o potencial de mudar a matriz econômico-energética do Estado. Queremos que o Paraná seja protagonista nessa tecnologia para atrair novos investimentos, gerar empregos e oportunidades em todas as regioes.

    Uma das lutas da senhora como deputada estadual foi a idealização e conquista do Hospital da Criança de Maringá. Por que, em sua avaliação, essa obra ainda tarda tanto para ser inaugurada, beneficiando assim pacientes mirins com câncer de toda a região?
    O Hospital da Criança de Maringá é uma conquista histórica de toda a sociedade da região.  Uma obra que só foi possível com a União de esforços do Governo do Estado, Ministério da Saúde, Prefeitura de Maringá e Organização Mundial da Família.

    Estamos superando as barreiras burocráticas para que o Hospital possa atender as nossas crianças. Fizemos diversas reuniões na Secretaria da Saúde. O secretário, Beto Preto, e sua equipe vem trabalhando internamente e uma das soluções é a parceira com o Consórcio de Saúde da Amusep. O secretário sinalizou que é possível abrir o Hospital entre quatro e seis meses como um ambulatório pediátrico nessa primeira etapa.

    Qual será o cronograma de trabalho da senhora nos próximos meses, pensando na gestação do terceiro filho e que nascerá em 2023? Pedirá afastamento da Alep e também da presidência do Progressistas do Paraná? Já se sabe qual deputado assumirá provisoriamente a sua cadeira no Legislativo?
    Olha, eu pretendo tirar uma licença médica para as primeiras semanas depois do nascimento da Maria Stefania. Estou me  organizando em casa e com a minha equipe para retornar as atividades na Assembleia assim que for possível.

    Mesmo jovem e já tendo conquistado projeção política relevante em nosso Estado, existem ambições políticas para as eleições municipais de 2024? O cenário para uma possível candidatura à prefeita de Curitiba pode se repetir?
    Sim, é possível sim. Mas isso é uma construção que vai levar em consideração vários fatores. A decisão só será tomada mais pra frente. Estou à disposição do partido.

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