Datafolha: Apoio a petistas e bolsonaristas diminui após início do governo Lula e eventos de 8 de janeiro

A pesquisa mostra que, apesar da oscilação positiva entre os eleitores neutros, ainda não há viabilidade para alternativas aos dois polos da política brasileira.

  • O Datafolha divulgou uma pesquisa recente que mostra uma leve queda na polarização política do Brasil, com 30% dos eleitores se identificando como petistas e 22% como bolsonaristas. 

    Esses números representam uma oscilação negativa em comparação à pesquisa anterior realizada em dezembro de 2022, na qual 32% se afirmavam petistas e 25% se declaravam bolsonaristas.

    A diminuição do apoio a ambos os grupos ocorre após o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os atos golpistas de 8 de janeiro, além das dificuldades políticas e econômicas enfrentadas pela nova administração e o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil.

    A pesquisa também analisou posições intermediárias no espectro político, com 9% dos entrevistados se identificando como próximos ao bolsonarismo, 22% como neutros e 10% como filopetistas. 

    Não houve alteração no percentual de 5% dos entrevistados que não demonstraram preferência por nenhum dos grupos e 1% que não souberam responder.

    A divisão do apoio político entre os entrevistados varia de acordo com fatores como região, nível de instrução, renda e idade. O PT já foi um partido dominante no Brasil, rivalizando com o PSDB durante um duopólio que durou de 1994 a 2014. 

    A política tradicional foi abalada pelas revelações de corrupção nos anos da Operação Lava Jato, abrindo caminho para a ascensão de Bolsonaro.

    Desde a eleição de Lula em 2022, o ex-presidente Bolsonaro não reconheceu diretamente sua vitória e estimulou golpistas a questionar o resultado. Ele saiu do país por três meses, período em que seus apoiadores promoveram os atos de 8 de janeiro, e retornou na semana passada.

    A pesquisa mostra que, apesar da oscilação positiva entre os eleitores neutros, ainda não há viabilidade para alternativas aos dois polos da política brasileira.

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