As redes sociais e grupos de WhatsApp e Telegram estão sendo invadidos novamente por notícias falsas sobre as vacinas contra a Covid-19.
De acordo com um levantamento do NetLab da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a desinformação sobre a vacina, com narrativas enganosas sobre supostos efeitos colaterais e imunidade natural, teve um aumento a partir do dia 27 de fevereiro, quando a campanha de vacinação no Brasil foi lançada.
O estudo identificou uma grande prevalência de bots no Twitter, que disseminam tuítes sem provas sobre a associação de vacinas contra a Covid-19 com mortes e miocardite.
Em muitos grupos de WhatsApp, textos e links culpam as vacinas contra a Covid-19 por mortes de crianças e artistas, mesmo sem indícios de relação com a vacina.
Além disso, uma mensagem com um vídeo que viralizou no início de março afirmou que a vacina é parte de um “plano de extermínio da população mundial” e que o imunizante teria altas quantidades de grafeno, que causaria embolia pulmonar, trombose e infarto nos vacinados.
As mensagens negando a eficácia das doses com base em falsos estudos internacionais e afirmando que as vacinas causam infartos e mortalidade infantil também estão circulando.
A coordenadora do NetLab, Marie Santini, alerta que “toda a campanha de vacinação é afetada pela desinformação, o Brasil passou a ter redução na cobertura de várias vacinas”. A desinformação também é impulsionada por políticos e influenciadores bolsonaristas, que minimizam a gravidade da Covid-19 e afirmam que a obrigatoriedade da vacina é uma “irresponsabilidade”.
É importante destacar que a desinformação sobre as vacinas contra a Covid-19 pode afetar a saúde pública e impedir o controle da pandemia. Por isso, é fundamental buscar informações confiáveis sobre as vacinas e seguir as orientações das autoridades de saúde.
Foto: AEN
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