Por Victor Ramalho
A Câmara de Maringá realizou a primeira sessão ordinária de 2023 nesta quinta-feira (2). No plenário, o presidente Mário Hossokawa (Progressistas) ressaltou que a Segurança Pública é um dever do Estado.
A Câmara de Maringá realizou a primeira sessão ordinária de 2023 nesta quinta-feira (2), após um período de recesso parlamentar. A sessão contou com a presença do prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), além de secretários municipais e demais autoridades.
Na manifestação dos vereadores em plenário, segue viva a discussão acerca da Segurança Pública em Maringá. Após o assassinato da jovem Samantha Campana, de 23 anos, no domingo (29) e da visita do Secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Texeira nessa quarta-feira (1º), os parlamentares voltaram a defender uma união de forças no Poder Público para que a questão seja resolvida.
Em seu discurso de abertura da sessão, o presidente da Câmara de Maringá, Mário Hossokawa (Progressistas) ressaltou que o papel maior da Segurança Pública cabe ao Governo do Estado, mas ponderou que a cidade já faz todos os esforços possíveis com a utilização da Guarda Municipal. Ele aproveitou a fala para cobrar um aumento de efetivo da Polícia Militar em Maringá.
“Nós esperamos que a cidade continue sendo esse modelo, de melhor cidade para se viver, principalmente resgatando essa questão da Segurança Pública, que hoje é nossa principal preocupação. Na questão da Saúde, por exemplo, não temos tantas preocupações, mas precisamos de muita força para que a cidade siga sendo referência também na área da Segurança. A Segurança é um dever do Estado. O município já vem fazendo tudo que está ao seu alcance com a Guarda Municipal, mas a responsabilidade maior é do Governo do Estado e, infelizmente, não vemos recebendo o devido respeito das autoridades de nosso Estado em relação ao aumento do número de efetivos da Polícia Militar”, afirmou.
A vereadora e presidente da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos, Professora Ana Lúcia (PDT) também reforçou a preocupação com a questão da Segurança Pública, mas aponta que parte da solução do problema está na consolidação de políticas públicas para assistir a população em situação de rua.
“É muito importante (estar na presidência da Comissão de Direitos Humanos) e nem preciso justificar o motivo. Nós viemos de 4 anos de desrespeito total aos direitos humanos pelo Governo Federal. Nós tivemos um retrocesso civilizatório nesse país e Maringá não ficou muito longe disso. Em relação à população de rua de Maringá, temos muito a contribuir com a Comissão, pois as pessoas precisam compreender que essa população precisa ser protegida e abraçada pelo poder público, para que ela possa ser reinserida socialmente. Nós, enquanto comissão, vamos trabalhar para assegurar essa atenção dos agentes públicos”, disse.
O prefeito Ulisses Maia (PSD) também usou a tribuna para fazer uma prestação de contas das atividades desenvolvidas pelo Executivo no último ano e apresentou alguns números de investimento no setor de Segurança, dando destaque para o atual sistema de monitoramento integrado da Guarda Municipal.
“Nós fizemos investimentos altíssimos em tecnologia e câmeras de monitoramento. Concluímos recentemente a instalação de 70 supercâmeras de alta tecnologia de reconhecimento facial e vamos inaugurar a Central Integrada da Guarda Municipal. Ontem, o Secretário de Segurança Pública, que visitou a Guarda Municipal e ficou impressionado com a nossa estrutura, autorizou a integração dos dados da Polícia Militar e Polícia Civil”, disse.
Para seguir acompanhando a questão, a Câmara de Maringá designou na quarta-feira (1º) a nova Comissão Extraordinária de Segurança Pública, que será composta pelos vereadores Delegado Luiz Alves (Republicanos), Maninho (PDT) e Belino Bravin (PSD) como presidente, vice-presidente e membro, respectivamente. O papel da comissão será discutir, junto ao Executivo, iniciativas que possam contribuir para o melhor desenvolvimento do setor de Segurança Pública em Maringá, além de fiscalizar as ações que já são executadas.
“Ano de muito trabalho”
Em entrevista ao Maringá Post nesta quinta-feira (2), o presidente da Câmara, Mário Hossokawa, afirmou que a expectativa é de um ano muito produtivo. Ele destaca algumas matérias importantes que deverão ser votadas ainda em 2023, como a PPP da Iluminação Pública e a revisão do Plano Diretor.
“Nós entendemos que como a fase mais grave da pandemia já passou e a vida está retornando a normalidade, teremos um ano produtivo e de muito trabalho. Nós sabemos que virão algumas leis meio ‘polêmicas’, como a PPP da Iluminação Pública e a expectativa que temos quanto à revisão do Plano Diretor. Temos muitos projetos interessantes que, com certeza, renderão muita discussão aqui na casa”, afirmou.
Foto: Victor Ramalho
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