Soberania começa com a garantia de comida na mesa, diz Lula

O ex-presidente destaca que garantir a soberania de um país é mais do que cuidar das fronteiras, da água, da terra; para ele, um país não é soberano se não garante que toda família tenha direito ao café da manhã.

  • O ex-presidente Lula destaca que garantir a soberania de um país é mais do que cuidar das fronteiras, da água, da terra; para ele, um país não é soberano se não garante que toda família tenha direito ao café da manhã. Foto: Vídeo Porto Alegre-RS

    Por Giordanna Neves e Matheus de Souza
    São Paulo, 02 (AE) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a alta do Produto Interno Bruto (PIB) não se reflete no aumento de salário ou na maior geração de empregos De acordo com o petista, os dados podem revelar apenas “acúmulo de riqueza” para o empresariado brasileiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses de 2021.

    “Quando o PIB cresce você não recebe aumento de salário porque o PIB cresceu. Nem sempre que o PIB crescer significa que gerou mais emprego. Às vezes nós temos certeza que gerou acúmulo de riqueza em quem é empresário nesse País”, disse o ex-presidente durante debate sobre cooperativismo realizado em Porto Alegre (RS) nesta quinta-feira, 2.

    “Agora quando o PIB não cresce você pode ter certeza que o trabalhador perde. Quando ele cresce a gente não tem certeza quem ganha, mas quando não cresce a gente tem certeza que vem para as costas do trabalhador”, continuou Lula.

    Na linha de destacar políticas econômicas que vigoraram durante suas gestões na Presidência, Lula afirmou que no seu governo o salário mínimo era reajustado pela inflação medida pelo INPC mais a variação do PIB de dois anos antes. “Aí você estava dando o aumento do PIB para o trabalhador”, disse o ex-presidente.

    O governo de Jair Bolsonaro (PL) tem optado por dar apenas o reajuste pela inflação, garantido pela Constituição, devido à situação delicada das contas públicas.

    Estadão Conteúdo

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