Por 449 votos a favor e apenas 12 contra, a Câmara dos Deputados aprovou o piso salarial de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, também das parteiras. Entre os parlamentares que votaram contra está o líder do governo Bolsonaro, o maringaense Ricardo Barros.
O piso aprovado foi de R$ 4.750,00. O texto segue agora para sanção presidencial.
O voto contrário de Barros indica que o presidente Jair Bolsonaro poderá vetar a proposta. O argumento é que falta dinheiro para bancar o novo salário.
O próprio Barros já ressaltou que, para garantir o novo piso salarial, é necessário ter outras fontes de recursos. Uma das alternativas seria a legalização dos jogos de azar. A proposta, inclusive, está em análise na Câmara dos Deputados.
“São R$ 16 bilhões que estão aguardando a fonte de recursos, e nós estamos trabalhando demoradamente e insistentemente na busca de recursos para garantir que as conquistas sejam efetivas”, destacou Barros.
Oportunismo
A aprovação do piso salarial se trata de um reconhecimento aos profissionais. Entretanto, considerando a possibilidade de veto presidencial, o voto favorável de parte da bancada aliada de Bolsonaro demonstra que, em ano eleitoral, vale tudo para ganhar votos.
Após a aprovação, muitos parlamentares aliados do presidente usaram as redes sociais para divulgar o voto favorável ao projeto. Resta saber como vão reagir, caso Bolsonaro alegue não ter dinheiro para o novo piso desses profissionais.
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