O ex-governador de São Paulo, João Doria, insiste em disputar a presidência da República. Depois de vencer as prévias do PSDB, Doria ainda não conseguiu o apoio dos próprios membros do partido. A sigla está rachada entre Doria e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul – também existem lideranças tucanas que acreditam que nenhum nome é viável neste momento e o melhor seria não lançar candidato.
Aécio Neves, um dos caciques do partido, já admitiu que existe um movimento para que o PSDB não tenha candidato. Caso não tenha um nome na disputa, essa será a primeira vez desde 1989 que o partido não disputa a presidência.
As discussões para o lançamento de um único nome, que intenciona romper com a polarização entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro, têm acontecido no próprio PSDB e também com o MDB, do ex-presidente Michel Temer, União Brasil, de Luciano Bivar, e o Cidadania.
A ideia desse grupo seria definir um nome que pudesse se consolidar como terceira via na disputa presidencial. Como sofre forte rejeição, Doria sabe que dificilmente será o candidato desses partidos. Por isso, quer ganhar tempo adiando para o dia 31 de maio o lançamento da coligação enquanto luta para ganhar pontos junto ao eleitorado. Como o PSDB estará em evidência na propaganda partidária de rádio e TV no final de abril, o tucano acredita que pode crescer nas pesquisas e forçar seu nome como cabeça de chapa da coligação.
O terceiro – Apesar do movimento de partidos de centro que intencionam lançar uma candidatura que se consolide como terceira via, o pré-candidato mais bem posicionado nas pesquisas, depois de Lula e Bolsonaro, é o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes.
Foto: Agência de Notícias SP
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