Prefeito de Umuarama deve ter o mandato cassado nesta noite pela Câmara

Celso Pozzobom pode ter participado do grupo de desviou cerca de R$ 19 milhões da saúde público e não conseguiu explicar a origem dinheiro usado na compra de um apartamento

  • O prefeito Celso Pozzobom pode se tornar nesta sexta-feira, 21, o terceiro prefeito de Umuarama a ter mandato cassado, todos pela mesma acusação: desvio de dinheiro público.

    Os dois cassados anteriormente foram Hênio Romagnolli e João Cioni Neto, ambos há mais de 40 anos.

    A Câmara Municipal inicia às 18 horas uma sessão especial para votar a cassação ou não do mandato do prefeito, que está afastado do cargo desde meados de setembro a pedido do Ministério Público do Paraná. Ele é investigado por participar de um grupo que desviou recursos da saúde pública de Umuarama, mas a votação desta sexta se refere a uma denúncia protocolada pelo ex-prefeito Jorge Vieira sobre um apartamento comprado pelo prefeito afastado com dinheiro não declarado. O dinheiro, segundo suspeitas, seria parte dos desvios dos recursos da saúde pública.

    Uma Comissão Processante da Câmara realizou investigações, ouviu testemunhas, promoveu oitivas e em seu relatório, elaborado pela vereadora Ana Novais, pede a cassação de Pozzobom.

    “Ante todo o exposto, esta relatora conclui o presente parecer final para afastar as questões preliminares aduzidas pela defesa, e, quanto ao mérito, julgar pela procedência da acusação ofertada pela denúncia consubstanciada nos fatos e provas apuradas, de modo a reconhecer que o prefeito-denunciado Celso Luiz Pozzobom procedeu de modo incompatível com o decoro e dignidade do cargo, incorrendo na infração político-administrativa tipificada no inciso I do artigo 4º do Decreto-Lei 201/67 cuja sanção é a cassação do mandato/afastamento definitivo da função”.

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