A saída do deputado estadual Guto Silva (PSD) da chefia da Casa Civil do governo do Paraná, nesta quarta-feira, 12, levou o governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) a dar início a uma mudança geral em seu primeiro e segundo escalões, com a desincompatibilização de secretários e diretores que tenham interesse em disputar cargos eletivos nas eleições deste ano. Assim como Guto Silva deixa o governo para ser candidato, todos os pretensos candidatos que estão em cargos públicos precisam se desincompatibilizar até o dia 2 de abril, seis meses antes do pleito.
Guto Silva, que reassume como deputado nesta quinta-feira, depois de conceder uma entrevista coletiva para apresentar um balanço das atividades do tempo em que esteve à frente da Casa Civil, tem como principal pretensão política disputar a vaga paranaense no Senado na coligação de Ratinho Junior. A dobradinha com governador é um das indicações mais cobiçadas pelos políticos que fazem parte do grupo em torno de Ratinho Júnior.
É certo que a vaga para a disputa do Senado em dobradinha com Ratinho tem outros pretendentes. O secretário municipal de Governo, Alex Canziani (PSD), que recentemente trocou o PTB pelo mesmo partido de Ratinho Júnior, não esconde o interesse de ser candidato a senador, novamente.
Nos meios políticos paranaenses fala-se muito em uma possível reaproximação com senador Alvaro Dias (Podemos), que também quer o palanque de Ratinho Junior para tentar a reeleição.
Mudanças atingem todo o primeiro escalão
Como Guto Silva deixa o governo, Ratinho Júnior precisou mexer em várias pedras de seu tabuleiro. Guto abriu a temporada de mudanças na equipe do governo e será substituído no comando da Casa Civil pelo secretário João Carlos Ortega, ex-vice-prefeito de Jandaia do Sul e que desde o início da gestão está na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, cargo que ocupou também no governo Beto Richa (PSDB).
No Desenvolvimento Urbano Ortega será substituído pelo ex-prefeito de Pato Branco Augustinho Zucchi.
Na chefia de Gabinete, Daniel Villas Bôas assume a Superintendência de Relações Institucionais, voltada principalmente ao diálogo com o terceiro setor. O novo chefe de Gabinete será Darlan Scalco, ex-presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), que foi prefeito de Pérola, na região de Umuarama, e já trabalhava na Casa Civil.
Até abril, outras mudanças acontecem no primeiro escalão do governo, com as desincompatibilizações de secretários, diretores e outros ocupantes de cargos em regime comissionado, como os deputados estaduais Márcio Nunes (secretário de Desenvolvimento Sustentável e Turismo) e Marcel Micheleto (Administração e Previdência), que retornam à Assembleia para disputar a reeleição. Já Sandro Alex (secretário de Infraestrutura e Logística) e Ney Leprevost (Justiça, Família e Trabalho), que foram eleitos deputados federais em 2018, devem deixar os cargos até abril para tentar a reeleição na Câmara de Deputados.
Com o retorno de Guto Silva à Assembleia, quem deixa o Legislativo é o suplente Ademir Bier (PSD).
Comentários estão fechados.