Dos sete ministro do Tribunal Superior Eleitoral, os três que já votaram no processo que pede a cassação do mandato e a inelegibilidade do deputado estadual Fernando Francischini (PSL) por disseminação de notícias falsas contra as urnas eletrônicas, foram unânimes pela cassação.
Dos quatro que ainda faltam votar, se mais um também pedir a cassação, Francischini perde o mandato e fica inelegível por oito anos. E outros deputados também vão pagar pela mentira do parlamentar, pois, como ele foi o mais votado para a Assembleia Legislativa em 2018, outros candidatos acabaram beneficiados pela legenda. Entre os que podem perder o mandato está o margaense Paulo Rogério do Carmo (PSL)
O julgamento teve início nesta terça-feira, 19, a noite, mas foi suspenso antes do quarto voto porque o ministro Carlos Horbach pediu vistas, alegando que precisava mais tempo para análise, o que suspendeu o julgamento.
Votaram até agora os ministros Luis Felipe Salomão, relator do caso, Mauro Campbell Marques e Sérgio Banhos. Eles concluíram que Francischini, o deputado estadual mais bem votado no Paraná em 2018, fez uso indevido dos meios de comunicação e cometeu abuso de autoridade em transmissão ao vivo no Facebook no primeiro turno das eleições de 2018. Na ocasião, o então candidato disse que as urnas estavam fraudadas e impediam o voto na chapa Bolsonaro-Mourão. O vídeo de cerca de 18 minutos teve mais de seis milhões de visualizações.
“Já identificamos duas urnas que eu digo: ou são fraudadas ou adulteradas. Agora é real o que eu estou passando para vocês. Estou com toda a documentação aqui da própria Justica Eleitoral. Nós estamos estourando isso aqui em primeira mão para o Brasil inteiro. Para vocês: urnas ou são fraudadas ou adulteradas. A gente está trazendo essa denúncia gravíssima antes do final da votação”, disse o deputado em um trecho da live. “São centenas de urnas com o Brasil inteiro com problemas. Nós não vamos aceitar esse resultado.”
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