O vereador William Gentil (PSB) pediu que o Ministério Público (MP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), investigue uma afirmação do secretário de Saúde, Jair Biatto, sobre as compras na rede municipal de saúde. O secretário teria dito que é normal a prefeitura adquirir produtos ou serviços pagando três vezes mais do que o valor de mercado.
Segundo o documento protocolado no MP, a afirmação teria ocorrido em 6 de maio durante reunião do grupo que fiscaliza as compras emergenciais relacionadas à Covid-19. Na quinta-feira (21/5), Jair Biatto participou da sessão na Câmara de Maringá e foi questionado sobre a afirmação.
No documento, William Gentil afirma que o secretário confirmou a afirmação na Câmara e “não trouxe argumentos convincentes”. No vídeo da sessão é possível acompanhar a resposta do secretário sobre as compras a partir de 1h26.
“As compras normais, em momentos não pandêmicos, seguem processos licitatórios, tudo publicado pelos órgãos oficiais do município, tem processo de compra e licitação. Posso dizer para vocês que os processos de compra e licitação de qualquer prefeitura do Brasil às vezes ou de maneira geral paga-se mais do que na rede privada. Eu mostrei isso assim que assumi a Secretaria de Saúde”, disse o secretário de Saúde.
William Gentil pede que o Ministério Público, por meio do Gaeco, averigue se o município realmente pagou um valor maior do que o oferecido pela iniciativa privada nas licitações que ocorreram durante a gestão de Biatto frente à pasta.
Além do pedido de investigação no MP, os vereadores William Gentil e Dr. Jamal (PSB) solicitaram à presidência da Câmara de Maringá a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as compras. Para que a CPI seja instaurada são necessárias as assinaturas de cinco vereadores.
A Prefeitura de Maringá, por meio da assessoria de imprensa, informou que desconhece o teor do pedido de investigação e não vai se manifestar no momento. O Maringá Post entrou em contato com o secretário de Saúde, Jair Biatto, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestações.
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