O vereador Alex Chaves (PHS) recuou e vai pedir o arquivamento do projeto de lei que cria o Dia Municipal dos Pobres em Maringá. De autoria do vereador, a proposta aguarda parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara e o pedido de retirada do projeto deve ser feito ainda nesta quarta-feira (21/8). A ideia é discutir um novo texto e apresentar novamente o projeto de lei.
A proposta gerou polêmica e levantou questionamentos, afinal, por que celebrar a pobreza? No entanto, de acordo com o vereador, o objetivo era promover o debate sobre políticas públicas e o combate às desigualdades. Alex Chaves disse que vai pedir o arquivamento do projeto para discutir uma nova proposta com outro nome, como o Dia de Combate à Desigualdade ou Dia de Inclusão.
O vereador afirmou que o projeto apresentado foi inspirado no Dia Mundial dos Pobres instituído pelo Papa Francisco em 2016 para promover entre os católicos reflexões sobre a pobreza e a desigualdade. Neste ano, a Igreja Católica celebra a data no dia 17 de novembro. O objetivo era que o município pudesse se juntar à igreja nas ações realizadas no dia.
“A Igreja Católica vai fazer algumas ações com albergues e com a Associação Aliança de Misericórdia. Nossa ideia era que o poder público entrasse com assistência social, serviços psicológicos e de saúde, como o consultório de rua, e até disponibilizasse passagens para que as pessoas em situação de rua voltem para sua cidade de origem”, disse Chaves.
Segundo relatório do Banco Mundial divulgado em abril deste ano, a pobreza aumentou no Brasil entre 2014 e 2017, atingindo 21% da população o que representa 43,5 milhões de pessoas. Alex Chaves afirmou que pretende manter a ideia inicial do projeto e discutir mudanças com a sociedade. “A gente não tem um momento de movimentação onde você pode expor todos esses serviços [de combate à pobreza]”.
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